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Senador boliviano pode pedir asilo a outros países, segundo advogado

Roger Pinto Molina está em solo brasileiro desde o dia 24, quando fugiu de La Paz

Internacional|

Molina acena para jornalistas em frente à casa de seu advogado, em Brasília, onde está hospedado
Molina acena para jornalistas em frente à casa de seu advogado, em Brasília, onde está hospedado Molina acena para jornalistas em frente à casa de seu advogado, em Brasília, onde está hospedado

O advogado do senador boliviano Roger Pinto Molina, que fugiu para o Brasil depois de passar mais de um ano refugiado na embaixada brasileira em La Paz, disse à agência EFE nesta sexta-feira (30) que estudou com embaixadores de outros países a possibilidade de pedir asilo para seu cliente.

O advogado Fernando Tibúrcio disse que já teve "conversas preliminares", mas não quis revelar quais foram os países consultados, embora tenha indicado que fazem fronteira com o Brasil ou estão a um voo direto de distância.

A resposta dos embaixadores, com os quais se encontrou nesta semana, é que "existe viabilidade técnica e que iriam consultar suas chancelarias".

"São conversas preliminares, para nos prevenir no caso de uma piora da situação", afirmou Tibúrcio, que disse temer que a decisão sobre o futuro do senador seja motivada por fatores políticos e "se afaste de critérios técnicos e jurídicos".

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O advogado esclareceu que pedir asilo em outro país é uma possibilidade "remota" por enquanto.

Molina preferiria ficar no Brasil, onde vive sua família desde que ele se refugiou na embaixada brasileira em La Paz, no dia 28 de maio de 2012, e recebeu asilo diplomático poucos dias depois.

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O advogado também disse que seria "impensável do ponto de vista legal" que o governo brasileiro enviasse o senador a outro país.

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O senador saiu de La Paz em um automóvel oficial da embaixada, escoltado por soldados brasileiros, até a cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde chegou no último sábado sem que o governo boliviano tivesse expedido o devido salvo-conduto.

Na embaixada brasileira, o senador foi ajudado pelo diplomata brasileiro Eduardo Saboia, que foi destituído do cargo.

Molina viajou de Corumbá para Brasília, onde se encontra desde domingo, em um avião fretado pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

O senador boliviano pediu asilo ao Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), organismo que depende do Ministério da Justiça, mas esse processo pode demorar anos, disse Tibúrcio.

Nesta quinta-feira (29), o senador se submeteu a exames médicos e psicológicos, que determinaram que ele se encontra bem de saúde, segundo seu advogado.

Nos próximos dias, viajará ao Acre, onde reside sua família, mas não vai se aproximar da fronteira, segundo Tibúrcio.

Roger Pinto Molina é um opositor ferrenho do governo de Evo Morales e é acusado de corrupção pela Justiça boliviana.

Segundo fontes brasileiras e bolivianas, Dilma e Morales discutirão o assunto hoje em um encontro paralelo à Cúpula da União de Nações Sul-americanas (Unasul) na cidade de Paramaribo, capital do Suriname.

Morales exigiu que o Brasil "devolva" o senador e a Procuradoria-Geral boliviana solicitou à Interpol que emita uma ordem de "captura" internacional e "entrega" de Molina.

O caso provocou um conflito entre Brasil e Bolívia que custou a Antonio Patriota o cargo de ministro das Relações Exteriores.

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