Trump afirmou que nem ele, nem os EUA, defendem a violência
EFE/EPA/Samuel CorumO presidente dos Estados Unidos em fim de mandato, Donald Trump, pediu para que os apoiadores não incorram em "violência" nem desobedeçam a lei nos próximos dias, em meio a informações sobre possíveis novos protestos armados dias antes da posse do mandatário eleito, o democrata Joe Biden.
"Diante das informações sobre novas manifestações, insisto para que não haja nada de violência, ninguém desobedeça a lei e nenhum vandalismo de nenhum tipo", declarou Trump em comunicado divulgado pela Casa Branca.
"Isso não é o que eu defendo, e não é o que os Estados Unidos defendem. Peço para que todos os americanos ajudem a diminuir as tensões a acalmar os ânimos. Obrigado", acrescentou o republicano.
Enquanto o breve comunicado era divulgado, a Câmara dos Representantes se preparava para acusar Trump formalmente por ter incitado apoiadores à insurreição na semana passada, resultando na invasão ao Capitólio.
Trump enviou mensagens contraditórias sobre o ataque ao Capitólio por parte de seus apoiadores: durante a invasão, os descreveu como "gente muito especial", mas, depois, tentou se distanciar deles e condenou a violência.
Na terça-feira, Trump evitou assumir qualquer tipo de responsabilidade pelo ocorrido e defendeu como "totalmente apropriado" o discurso feito antes da invasão ao Capitólio, no qual incentivou os seguidores a irem ao Congresso para protestar contra a certificação da vitória de Biden.
A nova mensagem de Trump chega dois dias após o FBI (polícia federal americana) advertir que apoiadores radicais de Trump planejam "protestos armados" previstos para todos os 50 estados do país entre os dias 16 e 20, quando Biden tomará posse.