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Turquia condena 32 ex-militares à prisão perpétua pelo golpe de 2016

Grupo de 497 suspeitos foi julgado por acusações relacionadas a tentativa frustrada de tirar Erdogan da presidência do país

Internacional|Da AFP

Ex-militares foram condenados por participar de tentativa de golpe contra Erdogan em 2016
Ex-militares foram condenados por participar de tentativa de golpe contra Erdogan em 2016 Ex-militares foram condenados por participar de tentativa de golpe contra Erdogan em 2016

Um tribunal de Ancara condenou na quarta-feira (7) à prisão perpétua 32 ex-militares por seu papel na tentativa de golpe de Estado de 2016 contra o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, o que motivou grandes expurgos nas Forças Armadas.

Os ex-militares condenados integram um grupo de 497 suspeitos que foram julgados por acusações relacionadas ao golpe frustrado.

Muitos serviram durante sua carreira na guarda presidencial.

A agência estatal Anadolu informou algumas horas antes sobre quatro condenações à prisão perpétua, mas um advogado da presidência turca afirmou à AFP que ao final da audiência 22 ex-militares receberam a mesma sentença.

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Os suspeitos foram declarados culpados de várias acusações, incluindo tentativa de acabar com a ordem constitucional.

A Promotoria também os acusou de ocupar o canal público de televisão TRT e obrigar os jornalistas a lerem um comunicado.

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Em novembro, 337 pessoas, incluindo oficiais e pilotos, foram condenados à prisão perpétua no final do principal julgamento relacionado à tentativa de golpe de Estado, que aconteceu em 15 de julho de 2016.

Entre os condenados estavam pilotos que bombardearam pontos emblemáticos da capital, como o Parlamento, e oficiais e civis que lideraram o golpe a partir da base militar de Akinci.

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O golpe frustrado deixou oficialmente 251 mortos, sem contar os golpistas, e mais de 2.000 feridos.

Tentativa de golpe

O acontecimento, que traumatizou o país, provocou grandes expurgos nas Forças Armadas e permitiu a Erdogan ampliar seu poder.

O governo turco acusa o pregador Fethullah Gülen de ter orquestrado a tentativa de golpe.

Gülen, um ex-aliado do presidente turco que mora nos Estados Unidos, nega qualquer envolvimento.

Durante a madrugada de 15 para 16 de julho de 2016, Ancara foi cenário de ações particularmente violentas por parte dos golpistas.

Aviões F16 bombardearam a Assembleia Nacional em três ocasiões, assim como as estradas ao redor do palácio presidencial e o quartel-general das forças espaciais e da polícia.

Os bombardeios deixaram 68 mortos e mais de 200 feridos na capital. Nove civis morreram durante uma tentativa de resistir aos golpistas na entrada da base de Akinci.

Desde a tentativa de golpe de Estado, as autoridades perseguem sem trégua os partidários de Gülen e organizaram expurgos em uma escala sem precedentes na história moderna da Turquia.

Dezenas de milhares de pessoas foram detidas e mais de 140.000 foram demitidas ou suspensas de suas funções.

Pelo menos 290 julgamentos relacionados com a tentativa de golpe foram organizados e outros oito estão em curso.

Até o momento, os tribunais condenaram quase 4.500 pessoas, com penas de prisão perpétua para quase 3.000 delas, segundo os números oficiais.

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