
Saídas de Mariupol estão fechadas há mais de uma semana
ReutersAs Forças de Operação Conjunta da Ucrânia denunciaram que as tropas russas impediram nesta terça-feira (8) a saída da população civil da cidade portuária de Mariupol, no sudeste do país, por onde trafegavam diversos ônibus e caminhões com ajuda humanitária.
"Para evacuarem os civis de Mariupol ao longo de uma só rota, os defensores da cidade tomaram uma série de medidas: livrar as estradas de minas, retirar valas etc.", indicou o comando, por meio de postagem no Facebook. "No entanto, os invasores não deixaram sair da cidade as crianças, mulheres e idosos."
Ainda segundo as Forças de Operação Conjunta ucranianas, os russos iniciaram o ataque "exatamente na direção do corredor humanitário".
A nota ainda classifica as ações de "atos desumanos" por parte dos russos. "Não são outra coisa que não o genocídio da população da Ucrânia", afirma a publicação.
Mais cedo, a prefeitura de Mariupol divulgou, por meio do Telegram", que a ajuda humanitária estava vindo de Zaporizhzhia para a cidade. A mensagem foi acompanhada de um vídeo em que aparecem ônibus amarelos e a foto de um caminhão de transporte.
O chefe-adjunto do gabinete da Presidência da Ucrânia, Kirill Timoshenko, também confirmou que havia uma ajuda humanitária em direção a Mariupol, junto com ônibus para serem utilizados na operação de evacuação.
A cidade está totalmente bloqueada pelas forças russas faz mais de uma semana. O prefeito, Vadim Boychenko, afirmou em várias ocasiões que Mariupol se encontrava à beira de uma "catástrofe humanitária", pois estava sem luz nem calefação (aquecimento) devido aos constantes bombardeios do Exército russo.