Ucrânia realiza operações de busca por vários casos de corrupção
Diversos funcionários públicos ucranianos foram demitidos após um escândalo relacionado a suprimentos do Exército
Internacional|Do R7
A Ucrânia realizou nesta quarta-feira (1º) operações de busca e apreensão contra um oligarca, várias administrações e funcionários públicos envolvidos em casos de corrupção — um problema que, em plena guerra, afeta os suprimentos do Exército.
David Arakhamia, líder do partido do presidente Volodmir Zelenski, anunciou no Telegram que as operações policiais tinham como alvo o bilionário Ihor Kolomoiski, o ex-ministro do Interior Arsen Avakov e o Tesouro ucraniano. Por sua vez, o chefe do serviço de alfândega foi demitido.
Os investigadores também visitaram autoridades do Ministério da Defesa.
"O país vai mudar com a guerra, e, se alguém não estiver pronto para a mudança, o Estado virá e fará mudar", disse Arakhamia, referindo-se à corrupção.
Há uma semana, vários funcionários públicos ucranianos foram demitidos em um caso de corrupção relacionado a suprimentos do Exército. Foi o primeiro escândalo dessa magnitude desde o início da invasão russa.
A Ucrânia sediará, na sexta-feira (3), uma cúpula com a União Europeia, que pede ao país medidas contra a corrupção para que ingresse no bloco no futuro.
As autoridades ucranianas, cujo esforço bélico depende fortemente do apoio militar e financeiro da Europa e dos Estados Unidos, enfrentam o desafio de controlar a corrupção para não criar tensões com seus aliados ocidentais.
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Investigadores do serviço de segurança ucraniano (SBU, na sigla em inglês) divulgaram, na terça-feira (31), imagens da busca à casa de Kolomoiski, envolvido em um caso de desvio em empresas petrolíferas de 40 bilhões de grívnias (cerca de R$ 5,6 bilhões).
Por outro lado, o escritório de investigação do Estado realizou buscas nos serviços fiscais e acusou "o chefe do escritório fiscal de Kiev de conspiração para enriquecer com vários milhões de dólares".
Além disso, os investigadores notificaram autoridades do Ministério da Defesa, tornando-as oficialmente suspeitas.
Na semana passada, por ordem do presidente Zelenski, funcionários do alto escalão da Presidência e dos ministérios, além de governadores e promotores, foram forçados a deixar o cargo por terem se envolvido em negócios pouco transparentes.
Poucos dias antes, estourou um escândalo pelas revelações de um contrato de alimentos supostamente supervalorizado, destinado a soldados em várias regiões do país.
Embora este não pareça ser o caso agora, os países ocidentais ficariam indignados se houvesse o desvio dos bilhões de dólares em ajuda que forneceram à Ucrânia desde o ano passado para repelir o invasor russo.
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