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Último dia de campanha presidencial na Síria ocorre neste domingo  

A vitória de Bashar al-Assad é dada como certa

Internacional|

A campanha para a eleição presidencial síria, que ocorre no próximo dia 3, termina neste domingo (1º), com a oposição denunciando uma "farsa". A vitória de Bashar al-Assad é dada como certa.

Com o País devastado por três anos de conflito, que continua a fazer dezenas de mortos a cada dia em bombardeios e combates, a eleição será realizada em áreas controladas pelo regime, longe das regiões de confronto entre o Exército e rebeldes.

Com esta eleição, os insurgentes e a oposição, profundamente divididos, assim como seus aliados árabes e ocidentais, assistem incrédulos a permanência de Assad no poder, após uma série de avanços do regime na frente militar.

A rebelião, que denuncia uma "eleição de sangue", quando o conflito deixou mais de 162.000 mortos segundo uma ONG, pediu o boicote à votação, organizada sob uma lei que exclui de fato qualquer candidatura dissidente.

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Disputa 

Apenas dois candidatos, os desconhecido Maher al Hajjar e Hasan Nuri disputam com o chefe de Estado.

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Como esperado, o Partido Baath, que domina a vida política da Síria há meio século, apela os sírios a reeleger Assad, no poder desde a morte de seu pai em 2000.

O partido ressalta a necessidade de votar "não apenas para o presidente, mas por um líder (...) que enfrenta a guerra (...), o líder símbolo Bashar al-Assad que continua ao lado do seu povo nos quatro cantos do país".

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Em Damasco, as ruas estão cobertas com cartazes exibindo um retrato de Asad, vestido de forma casual, de traje ou em uniforme coberto de medalhas.

Frente a ele, seus dois "adversários" desaparecem.

As eleições destinam-se principalmente a fortalecer a posição de Assad nesta guerra, contra uma oposição fragmentada e um rebelião em guerra com os jihadistas radicais.

Revoltas 

A revolta pacífica iniciada em março 2011 para exigir reformas políticas, se transformou ante a uma repressão brutal do regime em uma insurreição armada e mais tarde tornou-se uma guerra complexa e generalizada.

O regime nunca reconheceu o protesto pacífico e sempre evocou "terroristas armados" que atuam a serviço de um "complô estrangeiro".

— Os filhos da pátria se preparam para votar em 3 de junho (...) para mostrar que a vontade do povo é mais forte do que todos os sonhos e desejos dos conspiradores, assegura o Al Baath, jornal do partido no poder.

No último dia de campanha eleitoral, a televisão estatal exibe ao vivo uma reunião dos ulemas sunitas apoiando Assad para tentar mostrar a adesão dos membros desta comunidade majoritária na Síria.

O regime está efetivamente nas mãos da minoria alauíta (uma ramificação do xiismo), enquanto a maioria dos rebeldes são sunitas.

Na última quarta-feira (28), o regime e conseguiu mobilizar milhares de expatriados sírios ou refugiados que se reuniram para participar da votação antecipada em 43 embaixadas sírias pelo mundo, em particular no vizinho Líbano.

Segundo a agência oficial SANA, mais de 95% dos sírios registrados nas embaixadas votaram.

No entanto, os sírios que fugiram do país atravessando clandestinamente a fronteira não puderam votar, e apenas 200 mil dos 3 milhões de refugiados e expatriados foram registrados nas listas eleitorais no exterior.

Alguns opositores ao regime manifestaram no Líbano e na Turquia para denunciar a eleição, referindo-se a algumas tentativas de intimidação para forçar alguns a votar.

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