O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse nesta sexta-feira que o ciclo pós-operatório de Hugo Chávez "terminou", depois de uma nova cirurgia para combater o câncer realizada no mês de dezembro em Cuba, e indicou que agora o presidente está em "uma nova fase de tratamentos".
— Felizmente, o ciclo pós-operatório terminou e o presidente entrou em uma nova fase de tratamentos para a sua doença, recuperando-se gradualmente, ganhando força. A esta hora o comandante Hugo Chávez está reunido com o companheiro Diosdado Cabello (presidente do Parlamento) e com o almirante-em-chefe Diego Molero (ministro da Defesa). Dentro de poucas horas vamos ter notícias, porque eles levaram um conjunto de temas para consulta.
O vice-presidente havia se reunido há poucos dias com o mandatário em Havana. O governo havia explicado nos últimos dias que Chávez estava saindo do pós-operatório e entrava em uma nova etapa de tratamento contra o câncer diagnosticado em meados de 2011.
Na terça, o ministro da Ciência e Tecnologia, Jorge Arreaza, genro de Chávez, havia informado que o presidente estava "cada dia melhor" e "mais incorporado as suas funções" de governo.
No último relatório oficial sobre a saúde do mandatário, apresentado no sábado passado, o governo indicou que Chávez havia superado a insuficiência respiratória causada após a cirurgia de 11 de dezembro, embora tenha dito que ainda persistia algum nível de insuficiência respiratória que estava "sendo devidamente tratada".
Desde que viajou para Cuba em 10 de dezembro, Chávez não aparece em público e, por sua enfermidade, não assistiu a sua nova tomada de posse, em 10 de janeiro, depois de ter sido reeleito para a presidência em outubro.
— O que nunca falta ao presidente é o ânimo, a vontade vital de estar entre nós, uma vontade de viver gigantesca.
Maduro acrescentou que Chávez está "orgulhoso" de contar com o apoio do povo venezuelano durante a sua recuperação. Chávez tem permissão da Assembleia Nacional, de maioria governista, para se ausentar de forma indefinida do país até que se recupere.
O Tribunal Supremo de Justiça decidiu que o presidente não prestasse juramento para governar por mais seis anos em 10 de janeiro, como estava previsto. Ele poderá tomar posse quando estiver em condições.
O órgão máximo do judiciário também estabeleceu que o atual executivo seria mantido em suas funções, em uma decisão muito criticada pela oposição.