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Ex-presidente do INSS e sete suspeitos são presos em nova fase da Operação Sem Desconto

Eles são suspeitos de envolvimento no esquema de descontos ilegais de aposentadorias e pensões

JR na TV|Do R7

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O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto e outras sete pessoas foram presas nesta quinta-feira (13) em nova fase da operação sem desconto, da Polícia Federal. Eles são suspeitos de envolvimento no esquema de descontos ilegais de aposentadorias e pensões, que podem passar dos R$ 6 bilhões.  

Além de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS no governo Lula, foram presos André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de benefícios do INSS; o ex-procurador do instituto, Virgílio Antônio de Oliveira Filho, e a mulher dele, a médica Thaisa Hoffmann; também foi alvo de novo mandado de prisão, Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, que já está preso.  

Segundo a investigação, Stefanutto recebia propina de R$ 250 mil por mês para manter os descontos irregulares entre o INSS e a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares - a Conafer. A Conafer foi a que mais aumentou o número de descontos ilegais em aposentadorias e pensões. Entre 2019 e 2025, teria recebido, em torno de R$ 800 milhões.  

O presidente da entidade, Carlos Roberto Ferreira Lopes, está foragido. Da associação, foram presos nesta quinta-feira (13) o vice-presidente, Tiago Abraão Ferreira Lopes, Vinicius Ramos da Cruz, presidente de instituto ligado à entidade, o contador Samuel Crisóstomo Júnior e o assessor Cícero Marcelino.  

A nova fase da operação sem desconto foi realizada no Distrito Federal e em 14 estados. No total, foram autorizados pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, 63 mandados de busca e apreensão. Entre eles um contra o ex-ministro da previdência no governo Bolsonaro, José Carlos Oliveira. Ele terá que usar tornozeleira eletrônica.  

Também foram alvos de busca e apreensão: o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG), o deputado estadual do Maranhão Edson Araújo (PSB-MA), e Anderson Pomini, presidente do Porto de Santos.  

Durante as buscas, a polícia apreendeu dinheiro, carros de luxo e armas, Entre os crimes investigados estão a inserção de dados falsos em sistemas oficiais; organização criminosa; estelionato; corrupção ativa e passiva; e ocultação de patrimônio.  

A defesa do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto declarou que a prisão é ilegal, porque ele colabora com a investigação. Já os advogados do deputado Euclydes Pettersen afirmam que o parlamentar nunca teve vínculo com o INSS e negou ter participado da gestão da Conafer ou ter qualquer relação ilícita com a entidade.  

A Conafer informou que todos os citados devem ter a presunção de inocência. A defesa de Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho e Thaísa Hoffmann afirmou que eles contribuem para o esclarecimento dos fatos. As defesas dos outros presos ou investigados não foram localizadas ou não quiseram se manifestar. 


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