SP registra outras ocorrências por armazenamento inadequado de explosivos
Em 2013, uma casa que guardava fogos ilegalmente explodiu na zona leste de São Paulo, destruindo parte do quarteirão
JR na TV|Do R7
Wagner é um sobrevivente. No dia 24 de setembro de 2009, uma loja que armazenava fogos de artifício ilegalmente, em Santo André, na Grande São Paulo, explodiu ao lado da oficina dele. Dezenas de pessoas ficaram feridas e duas morreram. O mecânico só escapou porque estava debaixo do carro que arrumava no momento da explosão. “Essa parede ela veio com tudo. Por sorte ela não derrubou o carro. E eu estava debaixo do carro.” Questionado se se considera um sobrevivente, respondeu: “Ah, sem dúvida, né?”
Dez imóveis foram danificados e outros quatro destruídos. No local da antiga loja, hoje funciona um estacionamento. Da oficina de Wagner, restou só o terreno e, 16 anos depois, ele ainda não conseguiu terminar a obra. Em 2016, os donos do comércio foram condenados a oito anos de prisão em regime semiaberto, mas cumpriram apenas um ano e meio. Wagner segue à espera de uma indenização que nunca recebeu e diz que só conseguiu se reerguer graças aos amigos e ao trabalho: “Nós perdemos tudo de uma hora para outra”.
Casos semelhantes reforçam o perigo do armazenamento clandestino de explosivos. Em 2013, uma casa que guardava fogos ilegalmente explodiu na zona leste de São Paulo, destruindo parte do quarteirão. O professor Reinaldo Bazito alerta: “Tem que estar armazenado no local adequado. Paredes resistentes e um teto menos resistente, para direcionar uma eventual explosão acidental.”
Wagner deixa um recado: “Se você tiver alguma coisa, do seu vizinho, alguma coisa suspeita, denuncie. Vai atrás, porque você não vai ter ajuda de ninguém depois.”
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