Acusado de espancar universitário tem autorização para sair do país

Um dos suspeitos de agredir o estudante de medicina Henrique Panini, na saída de uma boate de Belo Horizonte, ganhou autorização judicial para ir para os Estados Unidos passar férias com a família. O jovem foi denunciado pelo Ministério Público e não pode deixar a cidade sem permissão.

O crime aconteceu em setembro de 2016 e teria sido motivado por ciúmes. Um dos agressores, Rafael Bicalho, de 21 anos, queria se vingar de Papini que havia começado um relacionamento com a ex-namorada dele.

O universitário tinha 21 anos quando foi agredido por quatro rapazes. Ele chegou a ficar em coma e passou 25 dias internado em estado grave. Por causa das agressões, Papini teve paralisia facial e perdeu a audição de um dos ouvidos.

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A família da vítima ficou surpresa com a viagem de Felipe Alvim Gaissler. Em entrevista à RecordTV, Andréia Figueiredo, mãe do estudante de medicina, disse que teme a fuga dele.

— O nosso advogado já nos alertou a respeito desse perigo. Se os passaportes estão retido é porque deve ter um objetivo. É o risco de ir e ficar por lá.

Após a agressão, quando a polícia foi em busca dos suspeitos para depoimentos, Gaisser estava em Paris, na França. Como medida protetiva determinada pela Justiça, o jovem não pode sair de Belo Horizonte sem autorização judicial, se aproximar da vítima e de duas testemunhas e nem ter contato com eles. Ele foi monitorado por tornozeleira eletrônica, mas foi liberado do equipamento. Apontado como motivador do ataque, Bicalho foi preso em setembro do ano passado, mas foi solto por força de um habeas corpus.

Procurada pelo R7, a defesa de Gaissler explicou que a saída dele do país é para uma viagem de férias com a família e que eles vão ficar 13 dias fora. A permissão foi concedida pelo desembargador Paulo Cézar Dias, da Terceira Câmara Criminal.

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