Vítimas dizem que fotógrafa não entrega os serviços
Reprodução / RecordTV MinasAo menos 24 pessoas denunciam uma fotógrafa de Belo Horizonte por aplicar um golpe com books de fotos para eventos. O caso foi revelado pela RecordTV Minas no último dia 19. Alguns clientes chegaram a investir R$ 5 mil no serviço e ficaram no prejuízo. Agora, eles resolveram fazer um boletim de ocorrência coletivo.
Há quase cinco anos Cristiano Silva contratou a profissional para fazer as fotos e o vídeo da festa de 15 anos da filha dele. O comerciante ainda guarda os comprovante da transferência de R$ 3.400, que pagou à vista antecipado, mas ele nunca recebeu o álbum pronto.
“O contrato estabelecia que eu iria receber as fotos e aprovaria 50. Ela faria um álbum e a filmagem. Ela não me entregou nem o álbum, nem o vídeo. Só recebi um pendrive com mais de mil fotos sem qualidade nenhuma, porque eu já procurei uma gráfica pra fazer um álbum e não consigo”, relata Silva.
Foi depois de ver a reportagem da RecordTV Minas sobre a fotógrafa que não entrega os serviços contratados, que algumas pessoas descobriram que não eram as únicas vítimas. A maior parte delas relata que, inicialmente, não procurou a polícia e nem a justiça. Também pela TV, elas descobriram que a fotógrafa continua vendendo serviços, como se nada tivesse acontecido.
Nas redes sociais, ela conta que está trabalhando em um casamento. Além disso, em seu perfil, há muitas fotos de eventos e clientes, inclusive de quem foi lesado. Até mesmo as fotos da filha de Cristiano, que era menor de idade, estão disponíveis nas redes sociais da profissional.
Ao ser procurada, a fotógrafa Rachel Mara tentou se explicar e disse que não pretendia deixar ninguém no prejuízo. “Eu tive muitas dívidas. Eu tive um acúmulo de dois anos sem trabalhar, na pandemia. Eu cheguei a um ponto que estou sem carro, sem conta bancária, eu não tenho como, sabe? Estou trabalhando, fazendo um pouco de tudo”, alegou a profissional. Ela ainda afirmou que apenas recentemente conseguiu ter acesso aos contratos, para se retratar com os clientes.
Os lesados questionam a justificativa porque os serviços foram contratados e pagos antes da pandemia de Covid-19. Com isso, as vítimas decidiram criar um grupo em aplicativo de mensagens e fazer um boletim de ocorrência coletivo sobre o caso.