Cinco dias após uma tentativa de motim em um presídio na região metropolitana de Belo Horizonte, sete detentos continuam internados no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital João 23, no centro da capital mineira.
Eles sofreram queimaduras depois de atearem fogo a um colchão em uma ala do presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves na última quinta-feira (4).
De acordo com o último boletim médico, divulgado pela Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), responsável pela gestão da unidade de saúde, nesta terça-feira (9), informou que todos permanecem em cuidados de terapia intensiva e estão sob escolta policial.
Na última semana, todos os pacientes passaram por um procedimento cirúrgico para remover a pele queimada, realizado assim que eles chegaram ao hospital. Um oitavo detento permanece internado no Hospital Risoleta Neves.
Motim
Segundo a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), 18 presos se encontravam em uma mesma cela no momento da ocorrência. De acordo com policiais penais que trabalham no presídio Inspetor José Martinho Drumond, a cela é projetada para abrigar oito pessoas.
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De acordo com a secretaria, um detento "cometeu um ato de subversão da ordem" colocando fogo em um colchão, e as chamas se alastraram por causa do vento, atingindo 18 pessoas ao todo.
Sete presos foram levados para hospitais de BH e Ribeirão das Neves em carros dos bombeiros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Cinco foram levados, em helicóptero, com queimaduras graves e os outros seis receberam atendimento da equipe médica da própria unidade prisional.