Uma arquiteta acusa o ex-namorado de tê-la agredido dentro do apartamento em que mora, no bairro Estoril, na região Oeste de Belo Horizonte. Ela teme novas agressões, já que o homem é síndico do prédio em que ela vive.
Dayanne Viola, de 35 anos, afirma que as agressões aconteceram há cerca de uma semana. O desentendimento teria começado após ela jogar a garrafa de bebida dele no lixo. Ela conta que o homem ficou bastante nervoso e, durante a discussão, partiu para cima dela.
— Ele me deu vários socos na cabeça, tentou me enforcar, me dar um “mata-leão”. Ele tirou muito sangue de mim, que está todo espalhado pelo apartamento.
Ela conseguiu sair do local e chamar a Polícia Militar, que chegou rapidamente e prendeu o agressor em flagrante. A vítima foi levada para a delegacia na mesma viatura que ele. Segundo Dayanne, durante o trajeto, o homem afirmou que “teria instrumentos para acabar com a vida e a reputação dela”.
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O casal se conheceu logo após Dayanne se mudar de São Paulo para a capital mineira. Ele é síndico do prédio e também alugou o apartamento em que ela mora. Ela conta que o relacionamento deles, apesar ter durado quase 1 ano, não era sério.
— Ele dizia que não me queria, mas sempre me procurava. Nesses momentos, ele era respeitoso, cordial, até prometia que teríamos “projetos juntos”. Mas depois ele bebia e ficava agressivo. Era um relacionamento abusivo.
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Dayanne Viola registrou um boletim de ocorrência e conseguiu uma medida protetiva para impedir que o ex se aproxime ou tente fazer contato. Apesar da prisão em flagrante, o agressor foi solto após uma audiência de custódia e aguarda as investigações da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.
A vítima alerta para que outras mulheres tomem cuidado com companheiros agressivos e abusivos. Mesmo com a medida protetiva, Dayanne vive com medo, já que o ex é síndico do prédio e tem acesso às câmeras de segurança do local. Ela teme novas agressões.
— Eu estou dando entrevista e ele pode estar me vendo pela câmera ali do lado. Eu vivo apavorada o tempo todo, mas não fico acovardada.
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Em nota, O TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) informou que todo réu preso em flagrante é levado para uma audiência de custódia, onde o juiz analisa o caso e decide a pessoa pode ficar em liberdade. Em qualquer momento, a Justiça pode revogar a soltura do supeito.