Minas Gerais Aulas são suspensas em seis escolas após suposto toque de recolher em bairro de BH

Aulas são suspensas em seis escolas após suposto toque de recolher em bairro de BH

PM recebeu denúncias sobre a presença de criminosos armados no bairro Primeiro de Maio; quatro pessoas foram presas 

  • Minas Gerais | Núbia Roberto e Eliane Moreira, da Record TV Minas

Barulho de tiros assustaram os moradores

Barulho de tiros assustaram os moradores

Reprodução/Record TV Minas

Alunos da rede municipal e estadual do bairro Primeiro de Maio, na região norte de Belo Horizonte, ficarão sem aulas nesta sexta-feira (2). Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a suspensão foi um pedido das famílias e da comunidade após relatos de um suposto toque de recolher na vizinhança imposto por criminosos.

Ainda de acordo com a pasta, cerca de 800 alunos de três unidades terão a reposição do dia indicado no calendário escolar. A Guarda Municipal informou que enviou agentes para fazer a segurança nas escolas municipais no bairro e nas unidades de saúde da área.

Já a Secretaria de Estado de Educação informou que três escolas estaduais localizadas nos bairros Primeiro de Maio, Minaslândia e Providência também não abrirão nesta sexta-feira (2).  "A iniciativa da suspensão foi tomada exclusivamente pelas próprias direções das unidades, após conversa com pais e responsáveis dos alunos e comunidade escolar, para dar mais tranquilidade às famílias", afirmou por meio de nota. 

Nesta quinta-feira (1º), a Polícia Militar recebeu uma denúncia anônima de que criminosos armados, utilizando coletes e toucas, estariam andando pela rua principal do bairro. Ao chegar no local, os militares realizaram a prisão de dois suspeitos que estavam com mandado em aberto. E, após buscas, chegaram até a casa dos apontados como autores da ameaça.

No imóvel, os policiais apreenderam armas de fogo, coletes à prova de bala, toucas “ninjas” e drogas. Após as prisões, a PM reforçou o patrulhamento no local. "Nós mantivemos a segurança no local. Não porque há alterações, mas para gerar essa sensação de segurança à população, para que possam levar a vida com tranquilidade", disse a porta-voz da PM, major Layla Brunella, sobre o reforço.

Sobre a direção das escolas suspender as aulas, Layla disse que não há necessidade, mas cabe aos órgãos competentes a decisão. "Não há determinação do sistema de segurança pública estadual para que haja qualquer tipo de restrição ou de fechamento de escolas. Muito pelo contrário, nós fizemos esses contatos para garantir a permanência. O não abrir ou abrir a escola é discricionário do sistema de educação. Se entenderam por bem esse fechamento, pode ser verificado junto à Secretaria de Educação. Mas a segurança desses alunos, dos professores, dos diretores é garantida pela PM e podem funcionar normalmente", relatou.

Morte de jovem

A situação seria em relação com a execução de um jovem no bairro, na última terça-feira (30). A motivação do homicídio seria, segundo a polícia, a disputa pela venda de drogas na região por gangues rivais.

Kaio Victor de Souza, de 18 anos, foi assassinado com 10 tiros, em pleno horário de pico, na avenida Cristiano Machado, umas das mais movimentadas da capital. A PM conseguiu prender dois jovens e apreender um adolescente, que já tinham passagens por tráfico.

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