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Família de advogada jogada de prédio pelo namorado protesta antes de audiência em BH

Demian Magalhães, irmão de Carolina França, questionou a atuação da PM no dia do crime; caso foi tratado inicialmente como suicídio

Balanço Geral MG|Do R7

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Raul Rodrigues Costa Lages, acusado de matar a advogada Carolina França, será ouvido pela Justiça, na tarde desta quarta-feira (20), no Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A família da Carolina fez um protesto em frente ao prédio, antes do início da audiência.

Segundo as investigações, Carolina foi morta pelo então namorado, em 2022, aos 40 anos. Na época do crime, o caso foi registrado como suicídio. Dois anos depois, em 2024, a real causa da morte veio à tona. A polícia descobriu que o autor agrediu a vítima e jogou o corpo pela janela do oitavo andar do apartamento onde eles moravam, no bairro São Bento, na região Centro-Sul de BH.

O irmão da vítima, Demian Magalhães, disse que a narrativa inicial nunca foi aceita pela família. “Nunca fez sentido pra gente. No dia seguinte do acontecido, logo depois do sepultamento da minha irmã, eu fui atrás das gravações das câmeras de segurança do prédio. Eu pude ver que as gravações também mostravam que a narrativa do Raul não batia com a realidade, não batia com o que tinha acontecido ali naquela noite”, descreveu.

Demian também questionou a atuação da Polícia Militar no dia do crime. “Nos causou perplexidade que, durante os depoimentos testemunhais, que aconteceram em maio deste ano, um dos policiais militares que fez a ocorrência na noite do fato relatou ter recebido ordens superiores para não conduzir o Raul à delegacia, que ele poderia ser liberado ali. Ele não deveria ter sido liberado. Ele deveria estar preso pelo flagrante que teria sido preservado naquela noite”, detalhou.

Três meses antes do crime, Carolina escreveu um e-mail endereçado a si mesma. No texto, a advogada registrou que vivia um relacionamento difícil com Raul. Ela relatou que o homem era possessivo e controlava até mesmo com quem ela conversava. Durante o relacionamento, que durou pouco mais de um ano, eles terminaram quatro vezes. Ainda segundo o e-mail, a chantagem emocional feita por Raul convencia a advogada a reatar o namoro.

Apesar dos questionamentos da família e dos resultados da investigação policial, Raul responde em liberdade pelo crime de homicídio triplamente qualificado.

A Polícia Militar foi questionada sobre a declaração do irmão de Carolina, mas não enviou um posicionamento até a publicação da reportagem.

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