Situação das UTIs em BH é crítica
Reprodução / PixabayA Prefeitura de Belo Horizonte abriu, nesta quinta-feira (18), mais 18 leitos intensivos para pacientes com a covid-19. Mesmo assim, a ocupação das UTIs na capital continua em 96,6%.
Com as novas unidades, a capital passa a contar com 764 leitos intensivos para pacientes com a covid-19. Destes, 738 estão ocupados no momento, restando 26 quartos de UTI livres. Mesmo com a criação de mais espaços para atendimento intensivo, o índice geral permaneceu em 96,6% por causa da ocupação na rede privada, que subiu de 102,8% para 109,6%.
Covid-19 em BH
Nas últimas 24 horas, foram confirmados 23 óbitos e 98 testes positivos para a doença. A capital mineira contabiliza 2.980 mortes e 127.136 casos confirados da doença, além de 117.387 curados e 6.769 pacientes em acompanhamento.
A prefeitura informou que o sistema do Ministério da Saúde onde são lançados os dados da covid-19 está instável, por isso o número de casos e de curados ainda será atualizado.
Índices de monitoramento
A ocupação dos leitos de enfermaria passou de 79,3% para 80,3%, ainda na fase vermelha. Dos 1.683 quartos comuns para pacientes com covid-19, cerca de 332 estão disponíveis no momento.
O índice de transmissão do novo coronavírus caiu pelo terceiro dia seguido e chegou a 1,23. A taxa, também conhecida como Rt, indica que um grupo de 100 pessoas é capaz de infectar outras 123 pessoas.
Ocupação acima de 100%
O índice de ocupação na rede privada aponta que existem 353 pacientes internados em UTIs, mas outras 34 pessoas estariam sendo atendidas de forma improvisada. De acordo com o infectologista Jaques Sztajnbok, o índice de UTIs acima de 100% indica que as equipes de Saúde fazem o que pode para atender o doente.
— Para tentar salvar os pacientes, os médicos fazem o que é possível e acabam intubando os doentes fora de uma terapia intensiva [...], intubados na enfermaria. É uma forma de manter o paciente até ter leito vago.
*Estagiários do R7 sob a supervisão de Flavia Martins y Miguel