Comissão vai discutir novo modelo para empresa
BHTrans / DivulgaçãoA Câmara de Belo Horizonte deve aprovar, ainda nesta semana, a criação de uma comissão especial que vai discutir a reforma da BHTrans, empresa que gerencia o trânsito e a mobilidade urbana na capital mineira. Na prática, esse é o primeiro passo para que a companhia deixe de existir no atual modelo.
Nesta terça-feira (2), a presidente da Câmara, Nely Aquino, e os líderes partidários se reuniram com o prefeito Alexandre Kalil (PSD) e o secretário de Governo, Adalclever Lopes (MDB) para discutir o assunto.
Veja: "Ajuda" da Prefeitura de BH a empresas de ônibus é investigada
De acordo com o vereador Gabriel (Patriota), o assunto conta com apoio da prefeitura e o tema deverá ser tratado em conjunto pelos poderes Executivo e Legislativo.
— Essa comissão conta com o apoio do Secretário de Governo. Não vamos receber um texto pronto com apenas colaborações do Poder Executivo. Vamos fórmula-lo em conjunto. E quero prazo claro para isso.
Ainda segundo o parlamentar, que preside a Comissão de Legislação e Justiça da Câmara, a Comissão Especial de Reforma da BHTrans, Reformulação do Contrato com Concessionárias de Transporte Público e Mobilidade Metropolitana, como está sendo chamada, já conta com as assinaturas necessárias para ser criada e deve ser oficializada nesta semana.
Contratos
No início do ano, a Prefeitura de Belo Horizonte conseguiu trocar o comando da BHTrans. O ex-subsecretário de Transportes e Mobilidade do Governo de Minas Gerais, Diogo Prosdocimi, teve o nome aprovado pela Assembleia Geral Extraordinária dos Acionistas da empresa e assumiu o cargo.
O movimento foi entendido como um passo da prefeitura no sentido de esvaziar parte das atribuições da BHTrans. A empresa, hoje, é responsável por gerir os contratos com as empresas de transporte público da capital. No entanto, o prefeito já manifestou o desejo de que essa atribuição seja englobada por uma super secretaria de transportes, que seria chefiada pelo atual vice-prefeito Fuad Noman (PSD).
O principal obstáculo da Câmara de Belo Horizonte também deve ser a discussão de um novo modelo de contrato com as empresas, que tem mais sete anos de vigência de contrato.