A Polícia Militar encontrou o corpo de uma jovem, desaparecida há uma semana, dentro uma mala na casa de um homem em Engenheiro Navarro, a 340 km de Belo Horizonte.
Os policiais foram até o local após receberem denúncias de vizinhos que reclamavam do mau cheiro na residência. O corpo de Cíntia Taís Gomes, de 21 anos, estava esquartejado e escondido dentro de uma mala em um dos cômodos da casa, repleto de sangue.
O dono do imóvel, Carlos Roberto Gonçalves, de 34 anos, foi preso em flagrante pelos policiais enquanto jogava sinuca no Centro da cidade. Com ele, foi encontrada uma faca. De acordo com o capitão Michael Stephan, o suspeito negou ter assassinado a mulher, mas confessou o esquartejamento.
— Ele afirmou que a vítima foi até sua casa sob o efeito de drogas e entrou em convulsão, morrendo no local. Ele, com medo de ser responsabilizado pelo óbito, esquartejou o corpo e o escondeu em uma mala.
Em depoimento, ele afirmou que, inicialmente, colocou o corpo da jovem em um colchão, mas o cadáver teria ficado inchado. Então ele levou a vítima até o chuveiro, onde esquartejou o cadáver, colocou os membros em sacos plásticos e, na sequência, escondeu-os na mala.
A Polícia Civil compareceu na residência e fez a perícia no local. Os investigadores se surpreenderam com a frieza do suspeito, que continuou mantendo uma vida normal mesmo após a morte da jovem.
Um familiar da vítima, que prefere não se identificar, chegou a conversar com o suspeito dias antes da localização do corpo. Ele afirmou ter visto Cíntia na rodoviária de uma cidade vizinha. A Polícia Civil acredita que ele tenha inventado isso para despistar os parentes da jovem.
O homem, que já foi detido por crimes contra a dignidade sexual, teria tentado estuprar a vítima que, ao resistir, acabou sendo morta. Ele foi indiciado por feminicídio, vilipêndio e ocultação de cadáver. Ele continua preso e à disposição da Justiça.