A estimativa de casos da covid-19 com base na análise de amostras do esgoto de Belo Horizonte ultrapassou a estimativa de 1 milhão de supostos infectados, o maior número desde o início das análises, iniciadas em abril.
O número se refere às análises feitas entre os dias 20 e 27 de novembro e é quase o dobro do que foi registrado na semana anterior, quando os especialistas estimavam em 600 mil o número de infectados em Belo Horizonte. O recorde anterior foi registrado no final de julho, quando os especialistas estimavam 800 mil pessoas infectadas na capital mineira.
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A alta na estimativa já era prevista no último boletim, quando o grupo de pesquisadores ressaltou que observava “fortes indícios para novo agravamento da pandemia na capital”.
No boletim atual, os especialistas repetem o aviso, citam um “aumento expressivo” no número de casos e enfatizam a “a importância do fortalecimento de medidas de prevenção e controle para redução da disseminação do vírus no município”.
Bacias
No boletim anterior, a presença do novo coronavírus nas bacias dos rios Arrudas e Onça havia aumentado de forma “exacerbada”, com altas em todas as sub bacias. No documento atual, apenas uma sub bacia do Arrudas não registrou alta. No rio do Onça, três sub bacias apresentaram redução na estimativa da população infectada.
Projeto
O projeto é uma iniciativa da ANA e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, vinculado à UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), e conta com a parceria da Copasa, do Instituto Mineiro de Gestão das Águas e da Secretaria de Estado de Saúde. Já são 25 boletins divulgados desde o dia 13 abril.
*Estagiário do R7 sob a supervisão de Lucas Pavanelli.