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Defesa Civil de BH interdita prédio atingido por incêndio no Castelo

Ao menos 30 famílias que viviam na ocupação irregular foram retiradas pela prefeitura; executivo dará auxílio habitação no valor de R$ 500 para atingidos 

Minas Gerais|Regiane Moreira, da Record TV Minas

Prédio foi interditado pela Defesa Civil de BH
Prédio foi interditado pela Defesa Civil de BH Prédio foi interditado pela Defesa Civil de BH

A Defesa Civil de Belo Horizonte interditou um prédio que foi atingido por um incêndio, na manhã desta quarta-feira (4), no bairro Castelo, na região da Pampulha. Cerca de 30 famílias que viviam na ocupação irregular foram retiradas do local.

Muitas famílias passaram a noite nas calçadas, em barracas e colchões improvisados. Para ajudar no momento difícil, receberam doações de comida e roupa. A Priscila Nunes saiu de casa levando somente os documentos e os seis filhos, com idades entre 2 e 14 anos. Todos passaram a noite sozinhos.

— Foi uma experiência ruim. A gente quer dar um conforto para os filhos. Ter que vir dormir na rua num frio que estava fazendo foi bem dolorido. 

Já Daiana Amaral tem cinco filhos. Ela diz que não conseguiu fechar os olhos à noite, preocupada com o caçula.

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— Eu nem dormi. Eu fiquei preocupada com meu menino. Eu pensei que se eu dormisse, alguem poderia roubar meu filho. Por mais que estaeja cheio de gente, nós não sabemos a intenção das pessoas. 

Incêndio

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Cerca de 30 famílias viviam na ocupação. Elas tiveram que sair às pressas depois que um incêndio atingiu os primeiros andares do prédio inacabado. O fogo teria começado em uma Kombi, que estava no térreo. No lugar também viviam animais. Sara Cristina só saiu depois de salvar seus bichos. Ela acabou inalando muita fumaça e precisou ser atendida no hospital.

— Eu tive que escalar as paredes do primeiro até o segundo andar para conseguir salvar meus passarinhos, meus cachorros e meus coelhos. Nesse tempo eu não conseguia sair. Eu não sei o que aconteceu que eu fui parar no hospital. 

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O prédio foi interditado pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. Os militares voltaram ao local depois que moradores afirmaram que havia mais fogo saindo de algumas janelas, mas nenhum novo foco de incêndio foi identificado. Policiais militares ficaram o tempo todo no local para manter a ordem.

— A gente está aqui principalmente para preservar a vida dessas pessoas. Não tivemos nenhum problema até agora, está correndo tudo tranquilo. 

Representantes da Urbel (Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte) e do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) estiveram no local para identificar os moradores que já têm pra onde ir. Os operários e os caminhões também estão no local para retirar os móveis dos moradores, mas a maioria quer ficar por aqui.

Auxílio

A prefeitura diz que já está disponível um auxílio habitação para as famílias, no valor de R$ 500, mas Priscila diz ter medo do futuro.

— Eles [prefeitura] querem dar um auxílio moradia, mas a gente sabe que não vale nada. Daqui a pouco eles não pagam mais. Aí a gente fica a ver navios.

O prédio é uma propriedade particular. Há dois anos, o dono acionou à justiça pedindo a reintegração de posse do imóvel. Hoje, a advogada Flávia Anunciação, que representa o proprietário, recebeu da Defesa Civil esta notificação de posse.

— Fomos notificados que o proprietário deve tomar providências. Como teve a interdição do local, temos que fazer a obstrução para que os moradores não voltem bem como garantir a segurança do imóvel. 

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