Minas Gerais Deputada denuncia ameaça de morte por criticar ação em Varginha

Deputada denuncia ameaça de morte por criticar ação em Varginha

'Seu fim será como o de Marielle Franco', em mensagem que a parlamentar teria recebido via rede social

  • Minas Gerais | Pablo Nascimento e Giovana Maldini*, do R7

Deputada denuncia que foi ameaçada de morte

Deputada denuncia que foi ameaçada de morte

Reprodução / Redes Sociais

A presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputada Andréia de Jesus (PSOL), denuncia que foi ameaçada de morte nas redes sociais após pedir uma investigação sobre a operação policial que terminou com a morte de 26 suspeitos em Varginha, a 320 km de Belo Horizonte, no último domingo (31).

Segundo a parlamentar, a Polícia Legislativa acionou a Polícia Civil e um boletim de ocorrência foi registrado. A legisladora relatou que uma das ameaças fez referência à morte da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco. "Seu fim será como o de Marielle Franco", teria dito um dos textos recebidos.

— Todas as minhas redes foram invadidas por extremistas distorcendo a minha fala, com comentários de ódio e desrespeito.

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus (PV), pediu uma investigação em relação às denúncias recebidas pela parlamentar. "Tão logo tomei ciência das graves ameaças sofridas pela deputada Andréia de Jesus, solicitei providências imediatas junto à Polícia Militar. Determinei, ainda, que sejam tomadas todas as medidas necessárias, no âmbito da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para resguardar a segurança da parlamentar".

O ataque

O confronto entre os suspeitos e os agentes da Polícia Rodoviária Federal e do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) aconteceu na madrugada do último domingo (31) na área rural de Varginha.

Segundo as investigações, o grupo era responsável por mega-assaltos a agências bancárias, crime conhecido como "novo cangaço", e estaria preparando novas investidas criminosas. Os suspeitos estavam em dois sítios. Um grande arsenal com armas e munições foi encontrado nos locais.

Andréia de Jesus relata que passou a acompanhar o caso ao ser acionada “por mais de 20 veículos de imprensa, por mães sem dinheiro para sepultar seus filhos”.

"Como é de praxe em situações similares, a comissão acolheu a denúncia e eu tornei público o ocorrido. Em seguida, todas as minhas redes foram invadidas por extremistas distorcendo a minha fala, com comentários de ódio e desrespeito", lamentou a deputada.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Nascimento

Últimas