O dono da lancha em que estava uma jovem de 21 anos que morreu após se desequilibrar e cair na água no dia 12 de junho, na represa da Usina Hidrelétrica de Miranda, em Uberlândia, a 537 quilômetros de Belo Horizonte, foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, além de fraude processual e coação no curso do processo. Isso porque, segundo a Polícia Civil, o suspeito teria coagido testemunhas após o acidente.
O resultado das investigações foi apresentado nesta terça-feira (6) em coletiva de imprensa. De acordo com a Polícia Civil, o dono da embarcação, de 42 anos, teria navegado durante a noite sem os cuidados necessários, permitido o uso de bebida alcoólica dentro da lancha e não providenciado coletes salva-vidas para os passageiros. Ele ainda teria autorizado maior quantidade de pessoas na lancha do que o permitido.
Com o encerramento das investigações, o inquérito policial será enviado à justiça.
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O caso
De acordo com a polícia, a jovem de 21 anos teria se desequilibrado e caído na água quando o piloto engatou uma marcha, o que teria provocado um tranco na embarcação. Uma mulher teria tentado socorrê-la, mas a jovem só foi encontrada no dia 15 de junho, três dias depois do acidente.
Ainda segundo as investigações, a lancha estava com excesso de passageiros. Para a polícia, o dono da lancha tinha o dever legal de evitar a tragédia, mas não fez.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Nascimento