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Empresário de MG foi morto por cobrar dívida de R$ 20 milhões

Cairo Borges foi assassinado em 2017 e o caso só foi resolvido por causa de uma delação premiada relacionada a outro assassinato

Minas Gerais|Kiuane Rodrigues, da RecordTV Minas

Após quatro anos, a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte de um empresário de Uberlândia, a 540 km de Belo Horizonte, assassinado a tiros quando saía do trabalho em outubro de 2017. O crime foi motivado pela cobrança de uma dívida milionária e o caso só foi elucidado por causa de uma delação premiada envolvendo um outro assassinato. 

De acordo com o delegado da Polícia Civil, Guilherme Catão, o empresário Cairo Luiz Mendes Borges, de 60 anos de idade tinha um escritório e trabalhava com a compra e execução de dívidas. 

— Ele era uma pessoa muito dura nessas negociações e até criava inimizades por conta disso. E, nessas execuções, ele cobrava um valor já determinado pelo juiz, com acréscimo de juros, juros de mora, juros compensatórios, honorários advocatícios. Então, acaba que uma dívida inicialmente pequena acaba se tornando uma dívida muito grande.

Cairo foi morto em 2017 ao sair do trabalho
Cairo foi morto em 2017 ao sair do trabalho Cairo foi morto em 2017 ao sair do trabalho

As investigações policiais apontaram que a vítima tentava executar judicialmente uma dívida de R$ 20 milhões contra um outro empresário quando foi morta. De acordo com o delegado Guilherme Catão, o suspeito do crime não aceitava pagar esse valor e teria planejado a morte de Cairo com ajuda de outras três pessoas, entre elas dois policiais.

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— A dívida girava em torno de R$ 20 milhões com 5% de juros ao mes. A intenção do investigado, na época, era executar a vítima e procurar o sócio da vítima para tentar quitar essa dívida com um valor bem menor. 

De acordo com a polícia, a vítima já estava sendo ameaçada e chegou a registrar um boletim de ocorrência. 

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As investigações mostraram, ainda, que a ideia do mandante do crime era executar o empresário e oferecer ao sócio dele uma proposta de pagamento de um valor menor. 

— Ele ofereceu a esse sócio um valor de R$ 400 mil. Isso não deu certo porque o cartório desconfiou e acionou a família da vítima, que impediu essa transação.

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Polícia Civil concluiu investigações sobre o crime após quatro anos
Polícia Civil concluiu investigações sobre o crime após quatro anos Polícia Civil concluiu investigações sobre o crime após quatro anos

Resolução

No início de 2020, portanto, mais de dois anos após o crime, o caso passou a ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, em Belo Horizonte. Os investigadores tiveram que viajar diversas vezes até a região do Triângulo Mineiro e descobriram que um dos suspeitos do assassinato, um policial militar, acabou sendo morto e que, em delação premiada, os responsáveis pela morte deste PM contaram como o assassinato de Cairo foi planejada.

— Esse mandante não tinha como executar o empresário. Então, ele contratou três pessoas, que também foram investigadas, para que eles pudessem criar uma logística para o crime: procurar quem iria matar, providenciar um veículo, estadia na cidade... 

Durante o curso das investigações, uma segunda pessoa envolvida com a morte de Cairo morreu. Dessa vez, o mandante do assassinato, que sofreu um infarto em setembro deste ano. O inquérito sobre o homicídio do empresário resultou no indiciamento de duas pessoas. 

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