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Fazenda reabilita animais atingidos por tragédia de Brumadinho (MG)

Local possui recintos onde os animais domésticos ou resgatados das ruas reaprendem a conviver com a natureza; 40 bichos já foram reabilitados

Minas Gerais|Akemí Duarte, da Record TV Minas

Animais reaprende a conviver em ambientes naturais
Animais reaprende a conviver em ambientes naturais Animais reaprende a conviver em ambientes naturais

Dezenas de animais resgatados após o rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, em janeiro de 2019, hoje vivem em uma fazenda que funciona como uma espécie de centro de reabilitação. 

O local fica a cerca de 8 km do centro da cidade, e foi criado por exigência do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), após um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com a mineradora, para que ela se comprometesse a abrigar e tratar todos os animais afetados pela tragédia. Os recintos são divididos entre os bichos silvestres, domésticos e de criação.

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Cristiane Cazar, analista ambiental da Vale, conta que mais de 1.400 animais já passaram pela fazenda, todos ligados direta ou indiretamente à tragédia. 

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— Tem vários animais de criação ou domésticos que estão aqui temporariamente, enquanto os donos ainda não têm um lugar adequado. Então eles [animais] tiveram que ser retirados de onde estavam pois era um lugar de risco. Além dos resgatados na tragédia, nós temos os animais resgatados das ruas. A gente faz campanha de adoção para eles. 

Cerca de 40 animais silvestres já foram devolvidos para a natureza. Para isso, precisaram passar por um longo processo de reabilitação. De acordo com Cristiane, estruturas dentro dos recintos, por exemplo, simulam o ambiente natural para estimular o comportamento que eles teriam em vida livre.

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— A gente faz uma simulação de colocar os alimentos em diferentes locais para que eles tenham esse desafio de o que vão encontrar na natureza. Alguns, por exemplo, têm que saber identificar o predador. 

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Muitos deles eram criados como pets, viviam em casas e são acostumados com a presença de humanos. Mas, o objetivo do recinto é justamente tirar esse comportamento para que eles retornem para a natureza.

— Um exemplo que a gente tem são as aves, que foram resgatadas em áreas de auto salvamento. Elas estavam em cativeiro, e aqui a gente colocou todas elas juntas para que começem a se interagir. 

Atualmente, 21 animais estão aguardando o Instituto Estadual de Florestas decidir para onde serão transferidos. Muitos deles não poderão mais ser reinseridos na natureza. Um exemplo são dois cágados. Um deles foi apelidado de boquinha porque perdeu parte da mandíbula. Já o outro chegou à fazenda cego.

— Nós somos uma instituição conservacionista, que vai tomar conta e abrigar esse animal. 

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