Vítima foi baleada com um tiro na cabeça
Reprodução / RecordTV MinasO homem que foi baleado na cabeça em um lava a jato no último sábado (22), em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, teve a morte cerebral confirmada pela família nesta quarta-feira (26). O suspeito do crime é um policial militar.
Os parentes decidiram doar os órgãos da vítima. "Entramos no acordo, pois diferente do que o militar foi, de tirar a vida dele, meu irmão no final ainda está salvando vidas. Porque ele era um homem íntegro, nunca bebeu, nunca fumou, nunca teve passagem na polícia nem por briga na escola. E meu irmão correu dele, foi baleado pelas costas", conta Alexandre, que é irmão da vítima.
A confusão começou quando o PM foi buscar o carro no estabelecimento, mas não encontrou o veículo. O técnico de mineração e irmão do dono do lava a jato, Joaquim Aleixo Sabino Júnior, de 30 anos, era quem estava no local. Testemunhas contaram que os dois se desentenderam e começaram a discutir.
A conversa se transformou em agressão e o policial sacou a arma. A vítima tentou fugir, mas foi atingida com um tiro na cabeça. Os familiares contam que o suspeito aparentava estar alcoolizado ou drogado.
“Ele falou ‘não quero briga aqui, você conversa com o meu irmão, que lavou seu carro’. Mas não adiantou, o policial estava surtado, drogado, doido, estava rasgando a roupa dele”, conta um dos irmãos da vítima, Gleison Teixeira.
Joaquim foi socorrido por um vizinho e transferido para o Hospital João 23 em estado grave, mas quatro dias depois teve morte cerebral.
O dono do lava a jato chegou logo depois. Ele afirma que durante a negociação do serviço, o militar pediu que o carro fosse deixado em uma rua próxima. “Ele pediu para deixar o carro e a chave na porta da casa de um conhecido dele. Mas a pessoa não queria receber a chave. Meu irmão estava na frente, deixei na mão dele e o carro ficou na porta do meu irmão, que é na mesma loja”, conta o proprietário do estabelecimento e irmão da vítima, Edmilson Teixeira.
Três testemunhas que presenciaram o crime prestaram depoimento nesta terça-feira (25), na Delegacia de Homicídio de Santa Luzia. Segundo a Polícia Civil, o policial militar foi ouvido por tentativa de homicídio, teve a arma apreendida, mas foi liberado no domingo (23).
O corpo de Joaquim Aleixo ainda não foi liberado e a previsão é que o sepultamento aconteça nesta sexta-feira (28).