Lourenço foi condenado em segunda instância
Reprodução RecordTV MinasO Tribunal de Justiça confirmou a condenação do soldador Pedro Henrique Costsa Lourenço a 19 anos de prisão, no regime fechado, pelo assassinato do universitário Daniel Adolpho de Melo Vianna e tentativa de homicídio contra outro estudante, em agosto de 2015, durante uma calourada num bar em frente ao câmpus da PUC Minas no Coração Eucarístico, região Noroeste de Belo Horizonte.
A decisão, na prática, mantém a sentença do Júri. O réu, atualmente com 32 anos, se desentendeu com uma das vítimas na fila do caixa do bar. Segundo o processo, Vianna, que morreu aos 22 anos, esbarrou acidentalmente no atirador, que ficou irritado.
Vianna perdeu a vida aos 22 anos
Reprodução RecordTV MinasDiante dos berros e reclamações do condenado, a vítima disse que não entendia aquela reação.
Lourenço, então, sacou uma arma e atirou no rosto de Vianna. O atirador tentou fugir, mas foi dominado por outras pessoas e apertou o gatilho mais uma vez. O projétil acertou de raspão uma pessoa que participava da calourada.
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Lourenço foi dominado. A Polícia Militar foi acionada e o levou para delegacia.
Por sua vez, a defesa do réu alegou que o disparo ocorreu após agressão com socos iniciada pela vítima. Acrescentou que, após o disparo, foi segurado pelo pescoço, o que motivou o novo tiro. A defesa sustenta ainda que as imagens da câmara de segurança do estabelecimento que comprovariam a tese da defesa não foram apresentadas durante a investigação, o que prejudicou seu cliente.
Recurso
Os advogados do réu ajuizaram recurso no Tribunal, mas a desembargadora Beatriz Pinheiro Caires não acolheu a apelação:
— Logo depois de xingamento realizado pelo acusado, este já sacou de uma arma e disparou no rosto da vítima, sem possibilidade de defesa pelo alvejado.
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Calourada
À época, a PUC Minas divulgou nota informando que a calourada ocorreu em área externa à universidade e que não tem relação com a organização do evento, promovido por terceiros.