Ainda não se sabe se a água contém ou não metais pesados
Comitê da Bacia do Rio Doce/DivulgaçãoO Igam (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) divulgou na manhã deste domingo (8) as primeiras análises em relação à água na região do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região central de Minas Gerais, onde duas barragens da mineradora Samarco se romperam na última quinta-feira (5).
Até o momento foram analisadas somente a turbidez (quantidade de barro) e à condutividade elétrica presentes na água (capacidade de passagem da eletricidade na água) e o resultado apontou que ambas estão acima do limite legal.
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No entanto, a análise em relação à presença ou não de metais pesados no leito do Rio Doce, que abastece várias cidades em Minas Gerais e no Espírito Santo, só deve ser divulgada na segunda-feira (9). A partir deste resultado, será possível verificar a qualidade da água para o abastecimento humano.
O Igam informou ainda que monitora a qualidade das águas da bacia Hidrográfica do Rio Doce em 12 pontos, instalados em sua calha, nos quais são realizadas coletas e análises mensais. Inicialmente, as análises estão sendo realizadas em dois pontos: próximo a Santa Cruz do Escalvado, na Zona da Mata mineira, e próximo a São Domingos do Prata, na região central.
A lama que vazou das barragens de Fundão e Santarém atingiu vários distritos e cidades mineiras chegando na última sexta-feira (6) ao rio Doce, que abastece vários municípios de Minas e do Espírito Santo. A previsão é de que ela chegue ao Estado capixaba nesta segunda-feira (9).
Em nota divulgada no sábado (7), a ANA (Agência Nacional de Águas) recomendou "aos operadores de Sistemas de Abastecimento de Água que interrompam suas captações com o início das alterações nas vazões e que somente as retomem a partir da melhoria das características físico-químicas da água, considerando suas possibilidades de potabilização, e que busquem imediatamente armazenar água, na medida do possível, visando manter o abastecimento durante o período de interrupção".