Um jovem de 20 anos morreu vítima da febre maculosa em Belo Horizonte. Samir Assi, de 20 anos, praticava hipismo e sempre andava de bicicleta na orla da Lagoa da Pampulha. A doença é transmitida pelo carrpato-estrela, encontrado em capivaras, animal visto sempre na região.
O jovem começou a passar mal no começo do mês. Reclamou de dores no corpo, na cabeça e estava com febre alta. Ele fez exame de sangue e, aparentemente, estava tudo normal. Mas o quadro de Assi se agravou cada vez mais.
O estudante de engenharia ficou internado quatro dias, mas morreu no dia 8 deste mês. A amostra de sangue foi examinada pela Funed (Fundação Ezequiel Dias). Foram feitos testes de várias doenças, entre elas dengue, leptospirose e hepatite A.
Os resultados dessas suspeitas foram negativos. A confirmação da morte por febre maculosa só veio uma semana depois.
Transmissão e sintomas
A febre maculosa é transmitida pela picada do carrapato contaminado por uma bactéria. A transmissão acontece depois de ele ficar por pelo menos quatro horas em contato com a pele da vítima. Os sintomas aparecem de dois a 14 dias depois da picada: febre, dor de cabeça e no corpo, os mesmos da dengue, o que dificulta a confirmação do diagnóstico.
As capivaras, constantemente encontradas em Belo Horizonte, atraem o carrapato. Elas se concentram, principalmente, na Lagoa da Pampulha, onde Samir vivia.
A Secretaria de Meio Ambiente não acredita que a doença tenha sido transmitida no local. Mesmo assim, o secretário Délio Malheiros afirma que vai retirar os animais do local.
— Mesmo sem concluir que foi um carrapato oriundo das capivaras da Pampulha, nós já estamos tomando providências para retirada dos animais da Lagoa.
Desde 2012 já foram confirmados cinco casos de febre maculosa na capital. Dois com registros de morte.