Hospital de campanha continua fechado
Divulgação/Imprensa MG/Pedro GontijoA SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) estima que, no pico da pandemia de covid-19 no Estado, estimada para 15 de julho, a rede de saúde precise de 1.209 leitos de UTI desocupados para dar conta da demanda de internações de pacientes graves.
Isso significa criar, até lá, mais 923 novos de leitos de terapia intensiva em todo o Estado, praticamente o mesmo número que já foi aberto nos últimos três meses, desde o início da pandemia.
Essa quantidade de leitos é, também, cinco vezes maior que o número de vagas de UTI no hospital de campanha aberto em três andares de um hospital particular da rede Mater Dei, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Conforme dados da SES-MG divulgados nesta quarta-feira (26), os leitos de UTI têm uma taxa de ocupação de 90,63%, considerando todas as 2.964 vagas espalhadas pelas 14 macrorregiões de saúde do Estado. Isso significa que, até esta quarta-feira, haviam apenas 286 leitos livres para receber pacientes em estado grave, que necessitem, por exemplo, de respiradores mecânicos.
Caso essa taxa se mantenha até o dia 15 de julho — a expectativa é de que a taxa de ocupação da UTI aumente até lá - seriam necessários 923 leitos para competar os 1.209 previstos pela SES.
Enfermaria
O Governo de Minas Gerais projeta, ainda, que 2.993 leitos de enfermaria serão necessários para dar conta de atender à demanda em todo o Estado no dia 15 de julho, data prevista para o pico de casos de covid-19.
Hoje, considerando os dados da SES-MG, há 3.288 leitos clínicos desocupados — necessários para atender pacientes em estágio menos grave. Ao todo, são 12.928 leitos de enfermaria, dos quais 74,57% estão em uso atualmente.
Hospital de Campanha
O Governo de Minas não tem data para abertura do Hospital de Campanha montado no Expominas, na Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte. Ali está montada, desde o final de abril, uma estrutura para 740 leitos de enfermaria e outras 28 de estabilização. A unidade aberta no Mater Dei em Betim leva 180 leitos de UTI.
Segundo o Governo de Minas, o hospital de campanha é uma reserva técnica e só será utilizado em caso de necessidade.
"Ou seja, quando esgotada todas as possibilidades de atendimento na rede hospitalar convencional do Estado, isto é, ele vai acolher pacientes da covid-19 caso haja o esgotamento da rede de saúde no Sistema SUSFácil, o que não aconteceu até o momento", diz o Executivo, em nota.