Jovem foi eleita "rainha da cidade"
Reprodução / Record TV MinasUma mulher foi indiciada pela Polícia Civil depois de gravar e enviar um áudio racista após uma jovem negra, de 19 anos de idade, ter sido eleita “rainha da cidade”, em Santo Antônio do Amparo, a 172 km de Belo Horizonte. As investigações foram concluídas nesta terça-feira (22).
A mulher confessou a autoria do conteúdo da gravação, mas afirmou que a intenção não seria ofender ou magoar, e sim "discutir a política de cotas" em um grupo familiar.
O inquérito policial foi encaminhado ao Ministério Público e a suspeita foi indiciada pelo crime de racismo. Conforme o artigo 20 da Lei 7.716/89, "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional" é crime e tem pena de reclusão de um a três anos e multa.
Veja: Técnica de enfermagem é investigada por racismo em Minas
Racismo
O concurso de beleza foi realizado em comemoração aos 82 anos da cidade de Santo Antônio do Amparo, no último dia 12 de junho. A mulher teria enviado um áudio em um grupo de mensagens da cidade criticando a vitória de Maíza de Oliveira com comentários racistas.
"Gente, eu estava na roça e agora que eu vi o resultado. Ah, vou contar uma coisa para vocês: esse negócio de inclusão social tá f*. É preto (sic) que está mandando em tudo mesmo. É cota na escola, é cota aqui, é cota ali e os branco (sic) está tudo levando tinta. Da próxima vez nós tem (sic) que pular no tanque de creolina e sair tudo pretinho, aí pode candidatar qualquer coisa que ganha”, disse a suspeita no áudio.
Depois de terem tido acesso à gravação, a vítima e a mãe registraram boletim de ocorrência contra a mulher.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Lucas Pavanelli