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Mulher que tentou deixar o país com o filho é investigada pela PF por tráfico de criança

Mãe recebeu intimação três anos após tentar retirar o passaporte do filho, então com 1 ano; mulher alega racismo

Minas Gerais|Núbia Roberto, da Record TV Minas

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Mulher tinha uma viagem programada para Portugal
Mulher tinha uma viagem programada para Portugal

Uma mulher é investigada pela Polícia Federal sob suspeita de tráfico de crianças ao tentar tirar passaporte do filho ainda bebê e levá-lo para outro país, supostamente sem autorização do pai.

O caso começou quando ela tentou providenciar o documento na delegacia da Polícia Federal com sede na Região Centro-Sul da capital mineira. Divergências na procuração assinada pelo pai e a certidão de nascimento apresentada pela mãe, levantaram suspeitas.


A mulher acredita ter sido vítima de racismo por ser negra. O passaporte foi negado em 2019 e a íntimação recebida por ela em maio deste ano. Na época, de acordo com relatos da petição judicial que tramita pela 9ª Vara da Seção Judiciária de Minas Gerais, o delegado responsável por confeccionar e assinar informação, constou que a a mãe pretendia vender seu filho nos Estados Unidos.

A mulher, que é uma mulher negra e cantora, tinha uma viagem programada para Portugal e passagens aéreas emitidas para ela e filho, à época com 1 ano e 3 meses de idade. Ela se apresentaria na cidade de Faro, em um festival, denominado Festival Pé Na Terra, com uma banda da qual é integrante. A mulher compareceu à Polícia Federal, munida de autorização do pai da criança. Porém, não sendo casada com o pai da criança, não pôde buscar o documento e teve que viajar sem o seu filho, onde o menino permaneceu no Brasil.


Os advogados da artista pediram em outro trecho o deferimento da liminar para suspender as investigações.

Por meio de nota, a Polícia Federal informou o inquérito foi regularmente instaurado e vêm sendo realizadas diligências investigativas de praxe para o esclarecimento dos fatos, tendo em vista divergência nos documentos apresentados no pedido de passaporte.

Sobre a suposta prática de preconceito, a PF declarou que não há "qualquer registro" sobre o fato junto à Corregedoria do órgão. "De toda sorte, reafirmamos que por se tratar de procedimento padrão, destinado ao esclarecimento dos fatos, a instauração de inquérito e a não emissão do documento de viagem nada mais são do que condutas decorrentes da atuação rigorosa desta instituição, com o intuito de evitar fraudes de qualquer natureza, especialmente envolvendo a saída de menores do país".

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