Polícia Civil pode investigar suposta fake news contra Caio Castro
Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor de BH informa ter recebido denúncia infundada contra o ator e empresário
Minas Gerais|Do R7, com Record TV Minas

A Polícia Civil de Minas Gerais vai avaliar uma possível investigação contra suposto caso de fake news contra o ator e empresário Caio Castro.
A autora seria uma mulher que enviou um e-mail para a delegacia denunciando propaganda enganosa. Ela alegou que comprou uma pulseira que tem anúncio feito pelo artista e o acessório arrebentou e apresentou outros problemas. No site da fabricante do produto, Caio Castro é apresentado como sócio da marca.
A delegada Danúbia Quadros, no entanto, afirma que não recebeu os elementos necessários para embasar a denúncia da mulher e, assim, abrir uma investigação contra o artista.
"A gente entrou em contato com a assessoria do ator e nos informaram que não existe nenhuma compra nos últimos seis meses em nome da suposta consumidora em Belo Horizonte e na região metropolitana", afirmou a delegada.
A delegada explica que a suposta consumidora não apresentou os produtos para perícia e disse que não está na capital mineira.
"Ela [suposta consumidora] disse que comprou os produtos influenciada pelo artista. Ela reportou vários defeitos, mas em momento algum compareceu à delegacia. Não estamos de posse do produto, nenhum foi periciado, então não temos elementos mínimos para instaurar inquérito policial", explicou a investigadora.
A delegada Danúbia Quadros contou, ainda, que a suposta consumidora ameaçou divulgar para a imprensa caso a polícia não o fizesse. "A partir do momento em que ela nos disse que se não divulgássemos esse caso, ela mesma o faria, a Polícia Civil quis esclarecer o ocorrido e que em momento nenhum a polícia vai ser usada como instrumento para perseguir qualquer pessoa, seja famosa ou não", pontuou.
"Há alguns dias, a suposta consumidora foi avisada que, a partir de agora, para prosseguir com a investigação, precisamos da nota fiscal comprovando a compra do produto a fim de ser periciado e que ela compareça à delegacia. Não apenas ficar divulgando um fato que, a princípio, é fake news", declarou.
A representante da delegacia também chamou atenção para a gravidade das denúncias de propaganda enganosa contra celebridades. "Essa responsabilidade penal de influencer é muito complicada. É diferente da responsabilidade civil e administrativa. Para configurar o crime precisa ter dolo, ou seja, a vontade pessoal em fraudar o consumidor", explicou.
A reportagem tenta contato com a equipe do ator Caio Castro. O artista não foi convocado para depor.
