A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou a proprietária e duas funcionárias de uma creche particular na região do Barreiro, em Belo Horizonte, pela morte do pequeno Raphael Lucca, de um ano e três meses. O bebê morreu no dia 27 de agosto deste ano, sufocado com o próprio vômito, após ser colocado para dormir.
De acordo com a delegada Virgínia Salgado Bittar, o bebê tomou meia mamadeira e comeu uma fruta depois do almoço. Por volta das 15:30, ele foi colocado no berço para dormir e somente às cinco da tarde, uma hora e dez minutos depois, a cuidadora voltou para vê-lo e já o encontrou inconsciente. Com base nos laudos, a Polícia Civil decidiu indiciar as cuidadoras por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
— A partir do momento em que o bebê foi dormir e até a hora que ele foi retirado para o banho, passou-se mais de uma hora sem que ninguém tenha ido lá conferir o estado dele. O sufocamento pode acontecer corriqueiramente, mas em se tratando de uma creche que se dispõe a cuidar do filho de uma terceira pessoa, esse cuidado tem que ser redobrado.
A creche funciona desde 2011 e, segundo a prefeitura, tem alvará de funcionamento. A delegada responsável pelo caso não pediu o fechamento da unidade, mas reforçou a importância dos cuidados por quem trabalha com esse tipo de mercado.
— A partir do momento em que a creche assume esse papel de cuidar das crianças, a dona da creche e todos os funcionários assumem esse papel de garantidor. Eles são responsáveis pela integridade física e moral de todas as crianças que estão ali.
A reportagem não localizou os representantes da creche para comentar a decisão da polícia.