Comércio de BH vai completar 38 dias seguidos com as portas fechadas
Divulgação / PBH / Adão de SouzaO prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) anunciou, nesta terça-feira (4), que os comércios não essenciais vão poder reabrir na capital mineira a partir da próxima quinta-feira (6), 38 dias depois que o Executivo determinou o fechamento dos estabelecimentos.
Conforme a decisão da prefeitura, os comércios poderão abrir as portas nesta quinta-feira ficando abertos até sábado (8). Depois, deverão voltar a fechar a partir de domingo (9) até quarta-feira (12), podendo reabrir novamente na quinta-feira da próxima semana (13) até o sábado (15) seguinte. Após esse período, a prefeitura fará uma nova análise dos dados e poderá rever ou a ampliação dos estabelecimentos.
Kalil abriu a coletiva de imprensa na sede da prefeitura na tarde desta terça-feira e disse que a decisão foi motivada pelos números dos indicadores acompanhados pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19 e não por "pressão" de comerciantes.
— Vamos tomar medidas de abertura da cidade. É importante salientar que não há nenhum tipo de pressão que nos faça abrir a cidade. Até porque três pesquisas mostraram que a população de Belo Horizonte aprovou maciçamente as medidas. Portanto, não há pressão quando se está tendo aprovação do povo da sua cidade. Eu gostaria de avisar para a população de BH que essa abertura foi cuidadosamente estudada.
Ainda de acordo com o prefeito, a ideia era abrir o comércio a partir da próxima segunda-feira, mas a estratégia foi revista para que os estabelecimentos possam aumentar as vendas por causa do Dia dos Pais.
Kalil também afirmou que a população não deve encarar a decisão como "festa" e que a prefeitura pode recuar, novamente.
— Essa abertura é feita do mesmo jeito que o fechamento, com base na ciência e nos números. Esperamos que a população de Belo Horizonte entenda que a pandemia não passou, que tem que a responsabilidade de manter o uso das máscaras, o distanciamento porque é disso que vai depender o fechamento ou aumento da abertura da cidade de Belo Horizonte.
Flexibilização
De acordo com o secretário de saúde Jackson Machado, a diminuição da pressão para novas internações em leitos de UTI e a melhoria nos indicadores monitorados pelo Executivo municipal justificariam a mudança.
— Nos últimos três dias, tivemos quatro pacientes demandando cuidados intensivos nas UPAs. Essa pressão por leitos de UTI tem caído vertiginosamente. Há algumas semanas tínhamos uma demanda de 90 pacientes para serem internados nas UTIs