O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) convocou servidores estaduais da educação a realizar uma paralisação total das atividades da rede estadual amanhã, sexta-feira (6). A categoria pede ao governo Zema que cumpra a lei nacional do piso salarial e os reajustes aprovados pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais em 2022.
O Sind-UTE também anunciou que realizará uma manifestação na Cidade Administrativa, na região norte de Belo Horizonte, nesta sexta-feira, a partir das 9h da manhã.
O Piso Salarial Profissional Nacional para profissionais da educação básica, assinado no início de fevereiro pelo presidente Jair Bolsonaro, estabelece que o salário mínimo para trabalhadores da categoria em 2022 seja de R$ 3.845,63, um reajuste de 33,24% em relação ao ano anterior.
A revisão foi aprovada na ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais). Entretanto, o governo estadual acionou a Justiça para tentar reverter a decisão. Em abril, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu o reajuste extra até que o tema seja debatido no plenário do Tribunal, o que ainda não tem data para ocorrer.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) afirmou que "vai acompanhar a adesão ao movimento nas escolas estaduais". Segundo o órgão, foram encaminhadas às escolas estaduais orientações sobre a reposição dos dias letivos e da carga horária no caso de adesão à greve.
Segundo o Sind-UTE, as famílias devem fazer contato com as escolas para saber se as turmas dos filhos serão afetadas pela paralisação.
Relembre a aprovação do reajuste na ALMG:
* Estagiário, sob supervisão de Pablo Nascimento