Cerca de 200 leitos hospitalares criados durante a pandemia para atender a pacientes com covid-19 na Santa Casa de Belo Horizonte serão mantidos ativos. Ao todo, são 160 leitos de enfermaria e 40 de terapia intensiva, que vão reforçar a capacidade de atendimento da unidade de saúde, localizada na região hospitalar da capital mineira. Ao todo, a Santa Casa tem 1.150 leitos.
A manutenção dos leitos na rede do hospital foi possível após um acordo entre a prefeitura e o Governo de Minas, mediada pelo TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais). Pelos termos, a Prefeitura de Belo Horizonte vai investir R$ 56 milhões e, o governo estadual, vai entrar com R$ 20 milhões. Os recursos começam a ser repassados para a Santa Casa, a partir do mês que vem, de forma parcelada. O repasse segue até 2023.
Esses 200 leitos foram criados de forma emergencial, no período mais crítico da pandemia e, com a queda no número de novas internações por covid-19, deixaram de ser custeados pelo Ministério da Saúde. Com isso, os leitos seriam desativados.
O acordo foi firmado após reunião na sede do Tribunal de Justiça. O presidente do TJMG disse que o Tribunal "tem a função social de buscar colaborar com a sociedade".
Já o provedor da Santa Casa, Roberto Otto, comemorou a manutenção dos 200 leitos e disse que, no recurso, já estão contemplados "os custos com recursos humanos e insumos".
Para o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), o acordo fica como "legado para a cidade".