Sindicalistas de BH e região metropolitana denunciam que policiais militares e civis à paisana estariam intimidando trabalhadores para impedir manifestações por campanha salarial dentro de fábricas. Um dossiê que comprovaria a ação dos agentes foi entregue nesta segunda-feira (9) à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.
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Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem, Geraldo Maria Valgas Araújo, alguns dos policiais envolvidos prestam serviços de segurança particular.
— São policiais civis, militares e reformados, que criam espécies de milícias, usando o poder público em benefício de interesses privados.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e São Joaquim de Bicas, João Alves de Almeida, há casos de perseguição dentro da Fiat, onde trabalhadores seriam impedidos de se associar ao sindicato.
Beatriz Cerqueira, presidente da CUT-MG, (Central Única dos Trabalhadores), questionou a ação de agentes infiltrados.
— Peço à comissão que questione o Estado sobre o efetivo policial nas fábricas, assim como o setor de inteligência que se infiltra nas ações sindicais; e por que a corporação não concentra esforços na proteção da população.
O deputado Durval Ângelo, que recebeu a documentação dos sindicalistas, afirmou que vai repassar o dossiê para a Corregedoria da PM, a Secretaria de Estado de Defesa Social, Ministério Público e para a Organização Internacional do Trabalho (OIT).