Homem foi agredido em supermercado
Reprodução / Record TV MinasO MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) suspendeu o funcionamento de um supermercado após um cliente negro ter sido agredido no local, acusado de ter furtado um produto.
O caso aconteceu em 5 de dezembro, na cidade de Várzea da Palma, a 300 km de Belo Horizonte. De acordo com a decisão administrativa do MPMG, o estabelecimento só terá as atividades retomadas depois que comprovar ter realizado capacitação em Direitos Humanos de toda a sua equipe de segurança.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Militar da cidade, o consumidor foi abordado por seguranças do estabelecimento, acusado de ter furtado uma botina.
O homem, então, informou que havia comprado o calçado em outro estabelecimento, mas foi conduzido pelos seguranças até um depósito nos fundos da loja, onde foi agredido durante uma hora.
De acordo com o registro, o objetivo da equipe de segurança do supermercado era conseguir uma confissão da vítima.
A abordagem foi filmada por outros consumidores e viralizou nas redes sociais. Funcionários do outro estabelecimento confirmaram que o homem tinha adquirido o produto no local.
Ao decidir pela suspensão das atividades do supermercado, o promotor de Justiça André Luiz Ferreira Valadares, “essas práticas criminosas e discriminatórias ofendem diretamente os princípios da dignidade da pessoa humana."
Segundo o promotor, os estabelecimentos não podem se basear em práticas de justiçamentos, julgamentos sumários, cárcere privado e imposição de castigos físicos, "optando sempre pela educação, cordialidade e respeito à legislação na escolha das medidas de segurança patrimonial adotadas e na abordagem de seus consumidores”.