O SindTanque-MG (Sindicato dos Tanqueiros de Minas Gerais) sinalizou, na tarde desta segunda-feira (17), a possibilidade de greve em protesto contra os novos aumentos no preço dos combustíveis. Na semana passada, Petrobras anunciou um acréscimo de 8% no valor do diesel nas refinarias e de 4,85% para a gasolina.
Categoria não cravou data para paralisação
Diego Vara/Reuters-29/05/2018Sem cravar data para a possível paralisação, Irani Gomes, presidente do SindTanque, afirma que a situação está inviável para a categoria.
"Há anos, enfrentamos dificuldades para manter nossa atividade. Com a adoção da atual política de reajuste de preços pela Petrobras, em outubro de 2016, a situação se complicou ainda mais e agora está insustentável", avalia Irani.
O sindicato também questiona o valor do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e Serviços) no Estado. Os transportadores reclamam que o Governo de Minas Gerais reduziu a alíquota de 15% para 14% em outubro passado, mas não teria avançado em direção à redução para 12% que, segundo eles, teria sido prometida pelo governador Romeu Zema (Novo).
A alteração na taxa foi anunciada após uma paralisação de dois dias realizada pelo transportadores em outubro de 2021. A suspensão do trabalho causou desabastecimento em diferentes regiões do Estado. Em Belo Horizonte, postos ficaram sem nenhum tipo de combustível.
"A categoria está indignada e sem condições para trabalhar. Pedimos encarecidamente aos governos federal e estadual que adotem medidas emergenciais para mudar esse quadro. Caso contrário, não teremos alternativa, vamos suspender as atividades", defende Irani.
"Esperamos que o governador cumpra com esse compromisso e atenda, de uma vez por todas, à essa antiga reivindicação dos transportadores, aproximando o ICMS do diesel em Minas com o de estados do Sudeste", completa o sindicalista.
A reportagem procurou o Governo de Minas e a Petrobras para comentar sobre as demandas e aguarda retorno.
Relembre a última greve da categoria em Minas Gerais: