Metroviários entraram em greve nesta segunda (21)
Reprodução / RecordTV MinasO TRT-MG (Tribunal Regional do Trabalho) negou, nesta quarta-feira (23), o pedido feito pela CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) de aumento da multa pelo descumprimento da escala mínima em horários de pico do metrô de Belo Horizonte. A paralisação, teve início nesta segunda-feira (21). Os metroviários questionam a falta de diálogo com o governo sobre a privatização do serviço.
Logo após o anúncio da greve, no último dia 17, a Justiça do Trabalho determinou o funcionamento dos trens em escala máxima nos horários de pico, que vão das 5h30 às 10h e das 16h30 às 20h, mas, pelo terceiro dia consecutivo, o serviço tem funcionado na escala mínima de 10h às 17h. O descumprimento da determinação judicial implica na aplicação de uma multa diária de R$ 30 mil.
Ao negar o pedido, o desembargador César Pereira da Silva Machado Júnior afirmou que todas as decisões judiciais sobre o caso serão discutidas dentro do processo. “Tendo em vista que está em curso a fluência do prazo da defesa, não se revela razoável, neste momento, a efetivação de atos processuais de cunho executórios, cujas providências desafiam momento oportuno”, explicou.
Em nota, a CBTU afirmou que as demandas relativas à privatização do metrô devem ser endereçadas aos Ministérios da Economia e do Desenvolvimento Regional, que são os responsáveis pelo processo.
Uma nova assembleia da categoria, organizada pelo Sindicato dos Metroviários, está marcada para às 17h30 desta quarta (23). Na reunião serão definidos os rumos do movimento paredista.
Balanço da greve
Um balanço divulgado pela CBTU, também nesta quarta-feira (23), aponta que cerca de 70 mil usuários foram prejudicados pela greve em apenas dois dias.
No levantamento, a CBTU ainda afirmou que transporta mais de 100 mil usuários em dias úteis na capital, Com a redução dos horários, apenas 60.229 pessoas passaram pelos trens nos dias 21 e 22.
*Estagiária sob supervisão de Vinicius Rangel