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Operação foca em rede de extremistas que cultua racismo e homofobia

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O Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizam nesta quinta-feira, 16, uma operação contra grupos, integrados até por adolescentes, que publicam em suas redes sociais imagens e textos de teor racista, homofóbico, antissemita ou nazista e "falam abertamente sobre a prática de violência contra essas populações". Até a publicação desta matéria, três pessoas tinham sido presas na ofensiva.

Os investigadores dizem ter identificado, a partir da quebra de sigilo de dados e telefônicos autorizados pela Justiça, grupos que "se autodeclaram nazistas e ultranacionalistas, associados para praticar e incitar atos criminosos".

Agentes cumprem, ao todo, quatro mandados de prisão e 31 mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro (15), São Paulo (9), Minas Gerais (1), Rio Grande do Sul (2), Santa Catarina (1), Paraná (2), e Rio Grande do Norte (1).

A ofensiva foi batizada como Bergon, em referência à freira francesa, de primeiro nome Denise, que "desafiou nazistas ao abrigar e salvar a vida de dezenas de crianças judias durante a Segunda Guerra".

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De acordo com a Promotoria, a investigação mira "associações entre indivíduos que praticam, divulgam e instigam a realização de atos de discriminação e preconceito em relação à raça, cor, etnia e procedência nacional, além do crime de corrupção de menores".

De acordo com a Polícia Civil, as investigações duraram sete meses e começaram após comunicação feita pela Secretaria de Operações Integradas e a Homeland Security Investigations (HSI).

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Em maio deste ano, um dos investigados "foi identificado por utilizar um aplicativo para espalhar o ódio e atrair simpatizantes, principalmente com ameaças contra negros e judeus", diz ainda a corporação. A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima pediu a prisão temporária do suspeito e ainda a expedição do mandado de busca e apreensão e quebra do sigilo de dados.

"A partir da análise do material periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e pelo Ministério Público foi encontrado farto material de conteúdo racista contra negros e judeus, chamando a atenção os diálogos ameaçadores, cooptação de simpatizantes, treinamento e, principalmente disseminação de ódio", informou a Polícia Civil.

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