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Bairros do Recife apresentam contrastes em relação ao isolamento social

Há diferenças de comportamentos entre as áreas tidas como nobres e as das periferias, onde nestas as aglomerações são mais comuns

Folha de Pernambuco|

Há diferenças de comportamentos entre as áreas tidas como nobres e as das periferias, onde nestas as aglomerações são mais comuns
Há diferenças de comportamentos entre as áreas tidas como nobres e as das periferias, onde nestas as aglomerações são mais comuns Há diferenças de comportamentos entre as áreas tidas como nobres e as das periferias, onde nestas as aglomerações são mais comuns

O avanço cada dia mais veloz do novo coronavírus, que hoje já circula por todos os bairros do Recife, ainda não intimida uma parte da população, que insiste em sair às ruas mesmo com as recomendações de isolamento domiciliar. Também é visível o contraste entre as chamadas áreas nobres e as comunidades das periferias, onde as aglomerações são mais comuns.

Nesta quinta-feira (16), a Folha de Pernambuco percorreu bairros centrais e periféricos das Zonas Sul e Norte da Capital. Nas localidades com mais moradores de classes média e alta, o tempo chuvoso ajudou a diminuir o movimento em relação à semana passada, mas não parou. Na orla de Boa Viagem e na praça de Casa Forte, as pessoas, incluindo idosos, continuam a descer para caminhar, apesar do decreto que proíbe a circulação nos calçadões e parques do Estado. Já na Beira-Rio, pista que fica entre a Torre e a Madalena, na Zona Oeste, não havia caminhantes.

A situação mais grave foi vista no bairro de Beberibe, Zona Norte. Na feira livre perto do limite com Peixinhos, em Olinda, a movimentação era intensa, com muitas aglomerações, fosse nas barracas de alimentos, fosse na fila da lotérica, apinhada de gente. Enquanto aguardavam o atendimento, as pessoas estavam muito próximas umas das outras, sem respeitar o limite de um metro e meio. Poucas usavam máscaras.

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No Arruda, onde os carros se acumulavam em fila para o posto de vacinação de drive-thru, grupos de moradores circulavam na calçada do canal e conversavam. Em Brasília Teimosa, na Zona Sul, o movimento era tranquilo, mas com algumas pessoas fora de casa. Entre elas, alguns jovens reunidos na frente do mar.

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Apesar disso, o prefeito do Recife Geraldo Julio anunciou, em coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (16), que o isolamento voltou a subir na cidade. “No início da semana, aumentamos as medidas restritivas, e nos últimos três dias já foi possível registrar um aumento no isolamento e voltamos a atingir a marca de 55%”, afirmou. Ainda de acordo com o prefeito, a meta de isolamento da cidade é de 60%, o que corresponde a 600 mil pessoas deixando de circular. “Quando iniciamos as medidas de restrição, assim que foi anunciado o estado de pandemia global, nossa cidade atingiu a marca de 60% de isolamento. Esse número havia caído, mas voltou a subir, e vamos continuar com o trabalho de conscientização da população, pois essa meta, por já ter sido foi alcançada antes, sabemos que é possível de ser batida novamente”, complementou.

A assessoria de PCR informou também que tem um ranking de bairros que cumprem as medidas de isolamento, mas que opta por não divulgar os dados para não acontecer um efeito reverso. No entanto, a atuação da prefeitura é mais intensa nas regiões onde a adesão da quarentena tem sido mais baixa, com carros de som explicando a importância do distanciamento social.

Fiscalização

A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, as guardas municipais e as diretorias de controle urbano das prefeituras tem realizado fiscalizações e autuações com quem descumpre as determinações de isolamento social do governo estadual. Por meio de nota, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) informou que o Centro Integrado de Comando e Controle Regional CICCR) recebeu, de 18 de março até 15 de abril,16.299 chamados, o que corresponde a 48,7% das ligações recebidas pelo 190, com denúncias referentes aglomerações durante a quarentena no Estado.

Ainda segundo o texto, a segunda queixa mais comum é o funcionamento irregular de comércio, que motivou 6.910 chamados no mesmo período, correspondendo a 20,6% do total. Já os bares e restaurantes que não respeitam as regras de distanciamento social foram denunciados em 6.476 ligações (19,3%).

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