A China anunciou, nesta terça-feira (14), que foram aprovados testes em pessoas de duas vacinas experimentais para combater o novo coronavírus. Ambas as vacinas usam patógenos inativos, explicou Wu Yuanbin, funcionário do Ministério da Ciência e Tecnologia chinês, em entrevista coletiva.
Os testes de uma das vacinas, desenvolvida em Pequim pelo laboratório farmacêutico chinês Sinovac Biotech, foram aprovados na segunda-feira (13) pela agência chinesa de medicamentos e segurança alimentar, destacou.
A segunda, desenvolvida pelo Instituto de Produtos Biológicos e o Instituto de Virologia, ambos de Wuhan, onde começou a pandemia, foi autorizada no domingo. Desta forma, a China realiza, no momento, testes clínicos de três vacinas diferentes.
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Pequim havia aprovado os primeiros testes em 16 de março, para uma vacina desenvolvida pela Academia militar de Ciências Médicas e o grupo chinês de biotecnologia CanSino.
"A vacinação de pessoas durante a fase 1 dos testes clínicos, bem como o recrutamento de voluntários para a fase 2 dos testes, começaram em 9 de abril", assinalou Wu sobre a terceira vacina. "Trata-se da primeira vacina no mundo contra o coronavírus a ter iniciado os estudos clínicos da fase 2."
A empresa farmacêutica americana Moderna havia anunciado simultaneamente, em meados de março, que realizaria testes clínicos de uma vacina.
Outros projetos desenvolvidos por equipes chinesas, usando vírus da gripe atenuados ou ácidos nucleicos (biomoléculas portadoras de informações genéticas), estão sendo avaliados ou testados em animais, segundo Wu.
Grupos farmacêuticos e de pesquisas em todo o mundo se lançaram em uma corrida para desenvolver tratamentos e vacinas contra a Covid-19, que já causou a morte de mais de 120 mil pessoas e infectou quase 2 milhões. O praço estimado para o desenvolvimento de uma vacina é de, no mínimo, entre 12 e 18 meses.
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