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De volta ao Recife, Débora diz que o acidente a faz insistir mais nos sonhos

Após dois meses e meio em tratamento no Hospital Especializado, em Ribeirão Preto, Débora retorna ao Recife para temporada de descanso e estudos

Folha de Pernambuco|

Após dois meses e meio em tratamento no Hospital Especializado, em Ribeirão Preto, Débora retorna ao Recife para temporada de descanso e estudos
Após dois meses e meio em tratamento no Hospital Especializado, em Ribeirão Preto, Débora retorna ao Recife para temporada de descanso e estudos Após dois meses e meio em tratamento no Hospital Especializado, em Ribeirão Preto, Débora retorna ao Recife para temporada de descanso e estudos

Carregando muita força e determinação, Débora Dantas, vítima de escalpelamento em pista de kart no Recife, retornou à cidade após finalizar a primeira etapa da recuperação do tratamento realizado em Ribeirão Preto (SP). A jovem de 19 anos, que recebeu a alta médica do Hospital Especializado no último dia 12 de outubro, deve voltar à cidade paulista no primeiro mês de 2020 para iniciar os procedimentos de recuperação estética. Em entrevista à Folha de Pernambuco, Débora detalhou seu tratamento e conversou sobre sonhos e planos para o futuro.

Com todas as cicatrizes à mostra, a jovem não tem receio de mostrá-las e não mede esforços na hora de explicar com cuidado e didatismo o que cada uma delas significou, evidenciando o interesse escancarado pela medicina. Desde que sofreu o acidente na noite do último dia 11 de agosto na pista de kart localizada em Boa Viagem, a estudante tem sido submetida a diversos procedimentos médicos.

Além das marcas no couro cabeludo, Débora precisou retirar pele das coxas e músculos das costas para fazer enxertos na calota craniana que ficou exposta pelo acidente. Para realizar vascularização da área, foi necessário retirar uma veia da panturrilha e colocá-la na cabeça através de um procedimento delicado.

Quando questionada de onde saiu a força que a guiou durante todo o processo, Débora explicou que perseverança sempre esteve dentro dela, e que não foram necessários esforços para lutar porque isso sempre fez parte da realidade em que vive. “Eu sempre fui de correr atrás das coisas, é o meu jeito de lidar. Eu não conseguiria fingir ser outra, minhas ações foram espontâneas desde o começo, desde a hora do acidente, tudo foi meu”, conta.

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Criada pela avó que faleceu em 2016, Débora precisou batalhar desde cedo para se sustentar, passando por muitos desafios que moldaram sua personalidade e fizeram com que ela ressignificasse o conceito de família. Hoje, ela encontra o lar no bairro do Ipsep, ao lado do noivo, Eduardo Tumajan, nos carinhos dos seus amigos e nos seus gatinhos de estimação. “Meu noivo é a minha nova família, a gente escolhe a nossa família quando perde”, revela. “O amor pelo próximo não é só dentro daquela instituição [família], não é só sangue, é quem você escolhe amar, é quem você escolhe acolher, meus gatinhos são o amor mais puro”, completa.

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Após deixar o Recife de forma repentina, a volta à cidade significa um momento de pausa e de renovação, uma oportunidade para descansar e de se dedicar aos estudos antes de iniciar uma nova leva de cirurgias. Na preparação para tentar ingressar no curso de medicina, Débora esbanja determinação e planeja realizar o Exame do Ensino Médio (Enem) que acontece nos próximos dias 3 e 10 de novembro. A chama da paixão pela saúde e pelo cuidar ficou ainda mais forte após a vivência no hospital, que, acredita, lhe deu bagagem da prática médica e também noções de amor ao próximo.

“Eu ficava perturbando os médicos, querendo saber tudo”, explica. Para ela, o tempo passado no hospital vai ajudar na conduta com os futuros pacientes. “A experiência vai me ajudar a ter mais empatia com os meus pacientes e tratá-los com carinho e amor, do jeito que fizeram comigo”. Débora viu no acidente uma oportunidade para crescer e correr atrás dos sonhos com mais força de vontade do que nunca. “Quando acontece uma dificuldade, aí é que eu insisto mesmo em conseguir, sempre foi assim”, finaliza.

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