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Por seca e com barragens em colapso, situação de emergência é decretada em 61 cidades do Agreste

Medida tem validade de 180 dias e prevê ações para combater o cenário de estiagem na região

Folha de Pernambuco|

Medida tem validade de 180 dias e prevê ações para combater o cenário de estiagem na região
Medida tem validade de 180 dias e prevê ações para combater o cenário de estiagem na região Medida tem validade de 180 dias e prevê ações para combater o cenário de estiagem na região

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, decretou situação de emergência em 61 cidades do Agreste do Estado afetadas pela seca [confira a lista completa abaixo]. O decreto foi publicado no Diário Oficial de Pernambuco do último sábado (18) e tem validade de 180 dias. O texto do documento afirma que os órgãos estaduais localizados nas áreas atingidas pela estiagem, em parceria com os órgãos municipais, deverão adotar as medidas específicas para combater a situação.

O decreto cita "a redução das precipitações pluviométricas que assolam os municípios do Estado para níveis inferiores aos da normal climatológica e a queda intensificada das reservas hídricas de superfície provocada pela má distribuição pluviométrica na região" como justificativas para a implantação da situação de emergência.

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Um parecer técnico elaborado pela Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) e as perdas na agropecuária também foram considerados. “A nota foi baseada em laudos da Apac [Agência Pernambucana de Águas e Clima], da Adagro [Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco], do IPA [Instituto Agronômico de Pernambuco] e da Compesa [Companhia Pernambucana de Saneamento], além da visita aos locais e contato com as prefeituras”, explicou o coordenador da Codecipe, o tenente-coronel André Ferraz.

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Com a medida, as 61 cidades estão aptas a resolver mais rapidamente questões administrativas ligadas ao combate aos problemas causados pela estiagem, como a distribuição de carros-pipas. “Os municípios já conseguem preencher formulários de desastre para conseguir mais rapidamente a ajuda dos governos estadual e federal. Um exemplo é a liberação dos carros-pipa”, continuou o coordenador da Codecipe. “Todo o ambiente administrativo e operacional está preparado para responder [a questões ligadas à seca]”, garantiu.

Três cidades do Agreste - Caruaru, Panelas e Salgadinho - declararam situação de emergência anteriormente, diretamente com o Governo Federal. Outros sete municípios contatados pela Codecipe preferiram não entrar no âmbito do decreto. “É um entendimento de que há condições de gerenciar as respostas, além de considerar o custo-benefício que também envolve pontos como realização de festividades”, acrescentou André Ferraz. “A Defesa Civil trabalha para articular esses apoios não só dentro do município, mas também para que o Estado e o governo federal possam dar suporte. O município, o Estado e a União têm que fazer suas partes”, finalizou.

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De acordo com o último boletim divulgado pela Apac, nessa segunda-feira (20), seis reservatórios de água no Agreste estão em estado de colapso. O de Jucazinho, em Surubim, tem atualmente apenas 1,2% do seu volume total, de 327 milhões de metros cúbicos de água. O estado é ainda mais crítico nas barragens de Oitis, em Brejo da Madre de Deus, e Manuíno, em Bezerros. Cada uma tem atualmente 0,0% dos seus volumes totais. Também estão em colapso o reservatório de Machados, em Brejo da Madre de Deus, com 7,8%; o de Mateus Vieira, em Taquaritinga do Norte, com 4,8%; e o de Gercino Pontes, em Caruaru, com 0,2%.

Apesar do cenário crítico, a Apac espera uma trégua na estiagem no próximo trimestre. “Os indicativos são de que no Agreste deve ter chuva de normal para cima entre fevereiro e abril em comparação com os anos anteriores”, apontou a meteorologista Zilurdes Lopes. Nos três meses, a média histórica de precipitação na região é de 248 milímetros.

A representante explica que as condições dos oceanos Atlântico e Pacífico devem ajudar no aumento das chuvas não só no Agreste, mas em todo o Estado. “A temperatura do Atlântico estará acima do normal, o que melhora o transporte de umidade. Já o Pacífico deve permanecer neutro, uma vez que não há previsão de El Niño e La Niña para este ano”, disse Zilurdes. "As chuvas devem melhorar o problema da seca, mas não resolver de vez. A região está há pelo menos cinco anos em estiagem. O nível dos reservatórios deve subir”, concluiu.

Confira as 61 cidades em situação de emergência:

Agrestina

Águas Belas

Alagoinha

Altinho

Angelim

Belo Jardim

Bezerros

Bom Conselho

Bom Jardim

Brejão

Brejo da Madre de Deus

Buíque

Cachoeirinha

Caetés

Calçados

Canhotinho

Casinhas

Cumaru

Cupira

Feira Nova

Frei Miguelinho

Garanhuns

Gravatá

Iati

Ibirajuba

Itaíba

Jataúba

João Alfredo

Jucati

Jupi

Jurema

Lagoa do Ouro

Lajedo

Limoeiro

Orobó

Paranatama

Passira

Pesqueira

Pedra

Poção

Riacho das Almas

Sairé

Saloá

Sanharó

Santa Cruz do Capibaribe

Santa Maria do Cambucá

São Caetano

São João

São Joaquim do Monte

São Vicente Férrer

Surubim

Tacaimbó

Taquaritinga do Norte

Terezinha

Toritama

Tupanatinga

Venturosa

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