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O ex-presidiário e o exército de Stédile

O encontro entre Lula e o MST foi tão importante quanto um jantar no Clube dos Cafajestes

Augusto Nunes|Do R7 e Augusto Nunes

Oficialmente, o MST não existe. E o que não existe não pode organizar encontros
Oficialmente, o MST não existe. E o que não existe não pode organizar encontros Oficialmente, o MST não existe. E o que não existe não pode organizar encontros

O ex-presidente Lula reuniu-se com dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, na semana passada, para tratar do tema "A questão da fome no Brasil". Num país sério, tal reunião não teria existido por (pelo menos) três razões.

Primeira: oficialmente, o MST não existe. Não tem organização administrativa definida e, tecnicamente, ninguém é responsável pela entidade comandada por João Pedro Stédile. O que não existe não pode organizar encontros.

Segunda: só num país deformado por uma Justiça como a nossa alguém condenado a mais de 20 anos de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro é liberado para participar de quermesses políticas. Em paragens civilizadas, o ex-presidente presidiário estará discursando para a população carcerária no pátio de alguma cadeia.

Terceira: em setembro de 2007, o então presidente Lula anunciou o fim da fome no Brasil. Depois de virar palestrante, enriqueceu embolsando R$ 500 mil por palestras em que contava o que fizera para acabar com a pobreza no Brasil. Em fevereiro de 2013, Dilma Rousseff declarou extinta a miséria. Se deixaram de existir pobres e miseráveis, também desapareceu a questão da fome. Nao existia, portanto, o tema do encontro.

Tudo somado, o evento que juntou Lula e os generais do exército de Stédile foi tão importante quanto um jantar no Clube dos Cafajestes. Que, como o MST, não existe oficialmente.

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