A Anfavea, Associação Nacinal dos Fabricantes de Veículos Automotores, acabou de divulgar o balanço de vendas do mês de janeiro e apesar de recuar 4,6% em relação a dezembro do ano passado, as vendas aumentaram 4,2% quando comparadas com o mesmo mês do ano passado.
No total foram produzidos em janeiro 199,7 mil veículos, entre carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus.
O número de vendas teve recuo mensal e anual. A queda foi de 29,8% e 11,5% respectivamente.
Outro segmento que também apresentou queda foi o de exportação. Em janeiro as exportações somaram 25 mil unidades, uma queda de 35% se comparado com dezembro do ano passado. Porém, se comparar com o janeiro do ano passado, o aumento foi de 22%.
Incentivo no setor automotivo
Outro ponto levantado na apresentação da Anfavea, foi o encerramento da produção de veículos da Ford no Brasil. Segundo, Luiz Carlos Moraes, presidente da entidade, o setor automotivo é demasiadamente pressionado por altos impostos. “Somos exageradamente tributados, pouco incentivados e geramos retornos espetaculares ao país sob todos os ângulos de análise”, afirmou o executivo.
Enquanto a desoneração fiscal sobre arrecadação tributária de todos os setores econômicos no país foi de 18% nos últimos 10 anos, o setor automotivo recebeu apenas 8%. Mesmo assim, o setor foi o que melhor apresentou números para a economía do país com R$ 11,1 arrecadados para cada R$ 1 desonerado pelo governo.
“É importante frisar que o governo não tira dinheiro do bolso ou dos contribuintes para doar a indústrias. Ele abre mão de parte da arrecadação de impostos para compensar algumas deficiências estruturais, e também para estimular regiões ou desenvolvimentos tecnológicos. Na prática, a desoneração beneficia os consumidores na forma de preços mais baixos e de produtos mais avançados, seguros, eficientes e menos poluentes”, explicou Moraes.