A Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, divulgou hoje o balanço da indústria aumobolística onde reportou a fabricação de 220.162 unidades no mês de setembro. A entidade ponderou que houve melhora na produtividade e que o nível está 11% abaixo do registrado em setembro de 2019.
No acumulado do ano, porém, a queda chega a 41,1% e tem como reflexo os problemas causados pela pandemia que paralisou boa parte da indústria afetando também as vendas e toda a cadeia automotiva. Em entrevista com a participação do R7, o presidente da Anfavea Luiz Carlos Moraes comentou que as exportações caíram 38% no ano e tem prejudicado o desempenho da indústria diante de crises mais severas vividas por países como Argentina e Chile.
As vendas de caminhões cresceram 28,9% em setembro na comparação com agosto e as vendas de ônibus subiram 14,3%. Na avaliação da Anfavea, isso mostra a recuperação da indústria por conta da alta demanda por transportes.
Projeções da Anfavea
Fortemente prejudicado pelas vendas no mercado externo, a Anfavea evitou fazer projeções para o fim do ano mas espera que as fábricas de veículos produzam 1,9 milhão de unidades sendo que a capacidade instalada é de mais de 2,5 milhões por ano.
O presidente da Anfavea comentou que apesar da injeção de capital na economia como o auxílio emergencial e o sistema de compensação de salários, é preciso esperar pelo retorno da economia ao patamar normal para fazer uma nova avaliação.
Outro recurso que as montadoras esperam receber são os créditos tributários avaliados em R$ 25 bilhões que podem ajudar a socorrer empresas, sobretudo as de menor porte, que atuam no setor automotivo. "Credito tributário é uma distorção no Brasil. Temos créditos estaduais, federais , e na prática estamos financiando o estado enquanto o o governo está captando dinheiro ao postergar a liberação desses créditos, com reoneração e sem previsão. Temos feito debate intenso sobre esse tema", explicou Moraes.
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