Resumindo a Notícia
- Produção chegou a 240 mil unidades em agosto, maior número desde início da pandemia
- Crescimento foi de 43% sobre julho e 20% sobre agosto de 2021
- Demissões na Mercedes-Benz são pontuais, minimiza Anfavea
- Vendas à vista seguem em 70% enquanto financiamentos representam só 30%
Produção de veículos no país cresceu 43% no intervalo entre agosto e julho de 2022
Volkswagen DivulgaçãoA Anfavea, associação nacional dos fabricantes de veículos no país divulgou seu relatório mensal de vendas com surpresas positivas para todo o setor. Em agosto foram vendidas 238 mil unidades, uma alta de 43,9% sobre julho e 20,7% sobre o mesmo mês de 2021. Foi a primeira vez que o índice superou as 200.000 unidades vendidas desde que a chegada da pandemia em março de 2020.
Produção da Fiat em Betim: Strada foi o veículo mais vendido no mês com 14.000 unidades comercializadas
Fiat DivulgaçãoApesar das vendas em alta, a Anfavea evita o tom ufanista e pondera os desafios da inflação em alta e a falta de peças. Para este ano a entidade projeta vendas de 2,140 milhões de veículos no Brasil. Até agosto a produção já superou 1,54 milhão de veículos, o que representa uma alta de 4,7%.
Márcio Lima Leite, presidente da entidade afirmou que as vendas de mantém em um volume de 70% das negociações à vista. O restante ainda é financiado, o que, segundo ele, torna evidente a crise de crédito com baixa concessão de financiamentos e juros altos.
Exportações e semicondutores
As vendas no mercado externo somaram 46,8 mil unidades em agosto. Mesmo com a severa crise na Argentina as exportações do país cresceram. As montadoras venderam US$ 1,04 bilhão em agosto, crescimento de 51,1%, e US$ 6,8 bilhões desde janeiro, o que representa uma alta de 39,4%.
O governo brasileiro e representantes da Anfavea estarão neste final de semana no Japão para viabilizar investimentos em semicondutores. A intenção é viabilizar uma fábrica de peças de alta tecnologia em Minas Gerais da Unitec Semicondutores.
Demissões na Mercedes-Benz
Mercedes-Benz anunciou demissão de mais de 3,5 mil trabalhadores
MercedesO anúncio de demissões e reestruturação da Mercedes Benz (que no país produz caminhões e ônibus) se deve a uma adaptação ao novo modelo de negócios uma vez que a montadora sempre produziu boa parte dos componentes dentro de sua unidade em São Bernardo do Campo/SP. A Mercedes anunciou a terceirização de parte da produção o que levará a uma demissão de 2,2 mil pessoas que prodizem eixos e transmissões, ferramentaria e manutenção além de logística. Outros 1,4 mil postos de trabalho não terão seus contratos renovados.
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