O aumento dos casos de coronavírus (COVID-19) começa a prejudicar a produção de veículos em todo o país. Nesta noite, a Volkswagen emitiu um comunicado onde anunciou a paralisação das cinco unidades no país, assim como a General Motors, Mercedes e Ford.
No início da noite, a Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, emitiu uma nota onde afirma que as montadoras estão avaliando a suspensão temporária das atividades: "Informamos que, em função do agravamento da crise gerada pelo COVID-19, todas as nossas empresas estão analisando e se preparando para tomar ações de paralisação das suas fábricas no Brasil, e discutindo caso a caso com seus respectivos sindicatos".
A Volkswagen admitiu que a paralisação é devido ao avanço da doença. "A medida visa preservar a saúde de seus empregados e familiares em decorrência do avanço da COVID-19", disse em nota. A suspensão de atividades começa no próximo dia 23 e durará três semanas.
A Mercedes-Benz também anunciou uma escala de folgas debitadas do sistema de banco de horas a partir do dia 25 de março e a partir do dia 30 terá férias coletivas até 22 de abril.
A Ford que tem produção em Taubaté/SP, Camaçari/BA e Horizonte/CE (fábrica da Troller) vai interromper os trabalhos no próximo dia 23 de março, sem previsão de retorno. Em um comunicado de imprensa, a montadora disse que haverá uma "redução na demanda de consumidores gerada por esta situação sem precedentes".
A GM que tem quatro unidades de fabricação no país (São Caetano do Sul/SP, São José dos Campos/SP, Joinville/SC e Gravataí/RS) anunciou férias coletivas a partir de 30 de março para "ajuste na produção". A marca lançou nesta semana o compacto Tracker e, segundo o sindicato local, há funcionários fazendo hora-extra para produzir o SUV. Porém, a empresa que é líder em vendas, condiciou o investimento de R$ 10 bilhões a demanda do mercado brasileiro.